A importância da educação financeira na infância e adolescência: menores de idade podem ter cartão de crédito?

É essencial que pais ensinem filhos sobre uso do dinheiro de maneira consciente e responsável

Os pais devem orientar a criança e introduzir noções sobre dinheiro para que, quando adultos, eles possam administrar os recursos sozinhos e com responsabilidade. Uma mesada pode ser introduzida a partir dos 6 anos de idade, para que a criança se familiarize com o dinheiro. É importante que ela entenda a troca entre o que quer e o dinheiro.

No início, para incentivar a criança a guardar o dinheiro, os pais podem dar um cofrinho. Elas podem guardar moedas e notas por um tempo, até uma data em que o cofrinho será aberto. É essencial que os pais ensinem que nem todo o dinheiro disponível deve ser gasto de uma só vez; por isso, o ideal é prover quantias pequenas espalhadas pelo tempo.

Quando a criança ainda é pequena, a periodicidade da mesada pode ser semanal, já que ela ainda não tem muita referência sobre espaços de tempos maiores. Quando ela vai crescendo, a mesada pode se tornar quinzenal e, depois, mensal. É interessante que ela aprenda a administrar a quantia e os pais ensinem sobre consumo responsável e controle das despesas.

No entanto, o dinheiro vivo está caindo em desuso, e o uso de cartões de crédito e débito é o mais comum hoje. Para que o adolescente se acostume com a vida real, os pais podem proporcionar essa experiência. Fazer um cartão de crédito é uma forma de criar responsabilidade e ensinar sobre educação financeira no dia a dia.

O menor de idade pode ter um cartão de crédito, apesar de não poder solicitá-lo. De acordo com a lei brasileira, quem é menor de idade não pode ter cartão de crédito próprio. No entanto, um responsável pode pedir um cartão adicional para dependente, que é vinculado ao do titular. Nesse caso, os pais podem verificar todos os gastos na fatura.

É possível, em algumas instituições financeiras, definir um limite para o cartão adicional. Nesse caso, o titular pode escolher o valor que os filhos podem gastar por mês. O ideal é definir um limite, que funcione como uma mesada, para que os filhos possam dar valor ao dinheiro.

Outra alternativa são os cartões pré-pagos, em que pode-se depositar um valor no cartão que será gasto. Também pode funcionar com uma mesada, e o valor pode ser inserido de tempos em tempos. O jovem tem de lidar com a administração financeira. Eles podem visualizar os gastos e calcular quanto podem gastar e quanto irão guardar. Com um bom plano de educação financeira, os jovens chegam à vida adulta preparados para ganhar e administrar seu próprio dinheiro.