As aulas presenciais voltaram, e o ensino médio está de cara nova! Por meio de lei aprovada em 2017, entra em vigor neste ano a mudança que aumenta a quantidade de horas letivas e traz alterações na grade curricular, entre outras novidades. Uma delas será a integração do ensino regular com o ensino técnico, permitindo desta forma que o aluno egresso do ensino médio forme-se também em uma área específica de seu interesse. Por ora, a novidade só abarca o primeiro ano do Ensino Médio das escolas públicas e privadas, e gradualmente chegará a todas as séries, com previsão que isso ocorra em 2024.
O aumento de horas letivas, de 800 anuais para 1.000 - totalizando 3.000 para os 3 anos -, significa um incremento em uma hora diária em relação ao que era antes da reforma, passando de 4 para 5 horas de aula. Esta carga será dividida em duas partes. A primeira é o equivalente ao Ensino Médio tradicional, com 1.800 horas, divididas ao longo de todo o ensino médio. Serão ensinados os conteúdos cobrados no ENEM, chamados agora de área de conhecimento. São eles: Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; e Ciências humanas e sociais. Somente Português e Matemática serão ensinados obrigatoriamente durante os 3 anos.
As 1.200 horas restantes formarão os chamados itinerários normativos. Também diluídas durante os 3 anos de formação, as aulas serão focadas no ensino técnico e profissional e também na área de maior interesse do aluno, concomitantemente ao currículo escolar. Cada escola deverá ofertar no mínimo duas opções para os alunos, a critério das próprias instituições, sejam públicas ou privadas. A ideia é o aluno se aprofundar em uma das áreas de conhecimento de sua preferência, como ciências humanas ou exatas, e na formação técnica e profissional, em parceria com empresas locais, por exemplo, recebendo um certificado técnico ao final do ensino médio.
Embora inovador, o desafio é bastante grande. A possível limitação de vagas na formação profissionalizante pode ser um dos problemas enfrentados pelos alunos. Outro desafio é a escola em que o aluno está matriculado não oferecer o itinerário que ele deseja cursar. Algumas disciplinas também podem sumir do currículo, como as ligadas às ciências humanas, pois não serão obrigatórias durante os três anos do ensino médio. O ENEM também deverá se adequar, aplicando uma prova de conteúdo comum e outra em cima do conteúdo do itinerário. Por outro lado, ofertar matérias mais alinhadas ao desejo do aluno pode reforçar seu engajamento nas aulas.
De qualquer forma, o importante é estar sempre preparado! Afinal, saindo do ensino médio, a faculdade está aguardando, seja via ENEM ou através dos vestibulares. Estar em dia com as matérias, realizar exercícios de fixação, procurar material extra na internet, debater os conteúdos com os colegas e com os professores, conferir provas antigas de vestibulares e estudar através de material pré-vestibular são maneiras ótimas de garantir que o estudo levará você para o futuro que deseja!