Festival de robótica reúne mais de 1500 estudantes de escolas públicas e particulares na capital paulista

De sexta a domingo (6 a 8 de março), mais de 1500 alunos vão apresentar soluções para tornar as cidades inteligentes e sustentáveis


Imagine uma cidade com semáforos com reconhecimento facial para priorizar a travessia de idosos e cadeirantes. E as ruas asfaltadas ecologicamente com bagaço de cana-de-açúcar. E um aplicativo que ajuda o motorista a encontrar vagas para estacionar em locais públicos. Essas ideias para a construção de "Cidades Inteligentes e a Sociedade do Futuro" vão ser apresentadas por alunos de escolas públicas e particulares de todo o Brasil no Festival SESI de Robótica, campeonato nacional que acontece entre os dias 6 e 8 de março, no Pavilhão da Bienal, prédio localizado dentro do parque do Ibirapuera, na capital paulista.

A rede escolar SESI-SP será representada por 14 times, sendo que 12 deles participam do torneio First Lego League (FLL), competição de exploração científica voltada para alunos de 9 a 16 anos. Nesta categoria, as equipes da instituição ocuparam todos os lugares do pódio na edição passada do nacional, além de outros seis grupos de alunos que garantiram prêmios e classificações para torneios internacionais. A instituição também será representada por duas equipes no torneio F1 in Schools, em que o desafio é criar uma empresa que funciona como uma escuderia.

Os maiores destaques do Festival SESI de Robótica terão a oportunidade de participar de campeonatos internacionais em países como Austrália, Estados Unidos e Grécia, ainda em 2020.

O público em geral pode visitar o festival e assistir as competições, além de participar de demonstrações e workshops sobre educação e robótica.

O festival, que vai ocupar os 3 andares do prédio da Bienal, é organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) - operador dos Torneios de Robótica da FIRST LEGO League (FLL) no Brasil, desde 2013.

Serviço

FESTIVAL SESI DE ROBÓTICA -- campeonato nacional

Quando: 6 a 8 de março

Onde: Pavilhão da Bienal - São Paulo

Visitação

  • 6/3 (sexta) - das 13h às 18h30 (entrada permitida até 17h)
  • 7/3 (sábado) - das 8h às 18h30 (entrada permitida até 16h)
  • 8/3 (domingo) - das 8h às 17h (entrada permitida até 15h)

ENTRADA GRATUITA

Conheça alguns dos times e projetos da rede escolar SESI-SP, classificados para a etapa nacional

  • Dispositivo garante segurança e privacidade dos alunos deficientes na ida ao banheiro

    Depois de observar por meses as dificuldades enfrentadas por uma colega cadeirante, os veteranos da Red Rabbit, equipe formada por estudantes de Americana, programaram uma solução em robótica para manter a privacidade e segurança dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida na ida ao banheiro. Por exemplo, num caso de atrofia dos membros superiores, o estudante será reconhecido assim que se aproximar da porta do ambiente. Para quem tem deficiência intelectual, o dispositivo possibilita acionar os educadores para a resolução de uma situação em que o aluno tranque a porta.

    O time, formado há 10 anos, conta atualmente com seis integrantes, com idade entre 12 e 17 anos, e soma conquistas importantes: foi 3º colocado da principal categoria do nacional em 2019, nomeada Champion's Award. A posição rendeu vaga para o World Festival (First Championship), em Houston (EUA), e de lá eles trouxeram o prêmio Melhor Design do Robô. Em 2018, neste mesmo festival, saíram campeões mundiais.
  • Jovens com idade entre 13 e 16 anos corrigem infiltrações e rachaduras em edifícios

    Você sabia que os prédios podem adoecer? Corrosão, trincas, fissuras, rachaduras e infiltrações podem ser causadas se a dosagem de água for incorreta no momento da concretagem. A partir do Arduino, plataforma de prototipagem eletrônica utilizada para criar objetos ou ambientes interativos, os alunos do SESI de Araras criaram uma solução que corrige essas falhas durante a construção de edifícios.

    Depois de testar e comprovar a eficácia da solução, com o apoio de duas universidades locais (UNAR e Uniararas) esses estudantes estão patenteando a ideia. Também foram convidados a testa-la na ocasião de novas instalações na escola em que estudam.

    A equipe de Araras, batizada Los Atômicos há oito anos, atualmente conta com oito integrantes com idades entre 13 e 16 anos, que cursam entre o 8º ano do Fundamental ao 2º ano do Médio. Entre as conquistas mais recentes saíram como vice-campeões da edição de 2019 do torneio nacional e foram classificados para o mundial em Houston (EUA).
  • Cana-de-açúcar vira asfalto para tapar buracos nas ruas

    Vencedora do prêmio Solução Inovadora no nacional de 2019, a equipe Biotech, formada por alunos da escola SESI de Barra Bonita, quer melhorar a qualidade do asfalto nas cidades, e de forma ecológica. Para tanto, propõe uma solução feita com resíduos do bagaço da cana-de-açúcar para selar fissuras antes de se tornarem buracos.

    Formado por alunos entre 13 e 15 anos, do 8º ano do ensino Fundamental ao 2º do Médio, o time tem vitórias mundo afora, como títulos em campeonatos no Uruguai e Estônia.

  • Semáforo com reconhecimento facial para priorizar a travessia de idosos e cadeirantes

    Pensando na promoção de cidades cada vez mais acessíveis, alunos do SESI Jundiaí criaram um instrumento de controle de tráfego capaz de realizar o reconhecimento de pessoas com mobilidade reduzida, como idosos e cadeirantes. Além de programar o tempo ideal e seguro de travessia, o sistema é autônomo na produção de energia.

    O projeto foi desenvolvido pela equipe Heroes, formada há quatro anos e, hoje, integrada por estudantes com idade entre 12 e 15 anos, que cursam entre a 7ª série do ensino Fundamental ao 1º ano do Médio. Em 2017, o time levou o prêmio Melhor Design do Robô na edição regional do torneio WRO (World Robot Olympiad).