Seguindo o Plano Trienal do Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies estará disponibilizando ao todo 93 mil vagas para estudantes em 2021. De acordo com o plano, a intenção é distribuir a mesma quantidade de vagas em 2022 e 2023, mas os números podem acabar sofrendo algum reajuste com o passar do tempo.
As vagas são distribuídas em dois grupos, sendo um no começo do ano e outro no início do segundo semestre. A primeira edição acontece entre os dias 26 e 29 de janeiro, permitindo que todos que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos últimos anos possam se inscrever.
O Ministério da Educação (MEC) ainda não anunciou quantas vagas serão disponibilizadas nas universidades. Em 2019, foi anunciado que as vagas do Fies seriam reduzidas em 2021, caindo de 100 mil para algo em torno de 54 mil. Porém, como anunciado no Plano Trienal do Fundo de Financiamento Estudantil, esse corte não vai acontecer e o Fies continuará oferecendo a média habitual.
O Fies é um programa do governo federal que visa facilitar o acesso ao crédito de estudantes, permitindo financiamentos de cursos em universidades privadas. Atualmente, o programa se divide em duas categorias: o Fies padrão, com vagas de juro zero para estudantes com renda mensal familiar de até três salários mínimos, e o P-Fies, com juros variados para estudantes com renda mensal de até cinco salários mínimos.
As vagas ofertadas são bem variadas e incluem todas as modalidades de ensino superior: presencial, Educação a Distância (EAD) e semipresencial, que seria uma graduação mista com aulas presenciais e online, um modelo cada vez mais utilizado pelas universidades privadas.
Durante o curso, o estudante paga apenas o valor referido ao encargo operacional fixado no contrato. As parcelas do valor total só chegam após sua conclusão, o que é chamado de período de amortização, quando a pessoa já está formada e agora deverá quitar sua dívida em até 14 anos.
Antes mesmo da pandemia de COVID-19, o Fies já registrava uma inadimplência de 47% nos pagamentos. Mais de 700 mil pessoas não estavam conseguindo arcar com a dívida, o que foi piorando com o desenrolar de 2020. Em outubro, o MEC disponibilizou 50 mil vagas que sobraram ao longo dos processos, sendo quase o dobro da quantidade disponibilizada no segundo semestre, de 30 mil vagas. Isso mostra que houve uma grande queda nas inscrições no ano passado.
O novo plano visa incentivar e facilitar um pouco a vida daqueles que desejam retomar os estudos, mesmo com a crise financeira que assola o país.