Ubatuba é pioneira na implantação do projeto Inclusão é nossa onda

Parceria do Esporte, Saúde e Educação com entidades viabiliza trabalho efetivo rotineiro a pessoas com deficiência


Visando tornar Ubatuba, que já é Capital do Surfe, em Capital da Inclusão, a secretaria municipal de Esportes e Lazer, em parceria com a Educação e a Saúde, juntamente com instituições que representam pessoas com deficiência na cidade, apresentaram, na manhã desta segunda-feira, 27, o projeto “Inclusão é nossa Onda” ao prefeito Délcio Sato (PSD).

O projeto, pioneiro, visa oferecer às pessoas com deficiência que residem em Ubatuba um trabalho efetivo e rotineiro de atividade física, recreação e lazer, com a realização de aulas semanais, promovendo a inclusão, a reabilitação e a promoção da saúde.

Para tal, um dos fatores determinantes foi a conclusão da sede da escolinha Municipal de Surfe, no Perequê Açu – que representa a base técnica estrutural das atividades, cuja previsão é acontecer de segunda a sexta-feira, em seis horários diários. “A sede abriu as portas para a execução do empreendimento”, afirmou o secretário de Esportes e Lazer, Richard Ricardo dos Santos.

“O projeto não é somente restrito ao surfe – essa é uma das opções. O objetivo é criar um ambiente de bem-estar, fazendo da praia, que é um lugar público, um ‘lounge’ de possibilidades, fazendo com que eles sintam a energia nem que seja somente para contemplar a paisagem ou fazer exercícios de alongamento. A praia oferece uma serie de opções que a sede da Escolinha de Surf vai viabilizar”, explicou Fábio Lima, coordenador do setor de Surfe da secretaria de Esportes e Lazer.

Os critérios como número de vagas, matrículas e contratação de profissionais serão ajustados e divulgados após a oficialização da parceria para que, com a previsão da entrega das obras da Escolinha, a inciativa passe a funcionar efetivamente.

“A proposta não é que haja uma separação de trabalho. Os alunos com deficiência que já são atendidos pela Escolinha Municipal de Surfe continuarão em suas turmas. A ideia é criar mais oportunidades para os ubatubenses”, lembrou Lima.

“A iniciativa também é um suporte aos alunos do Ensino Fundamental II, que são alunos da Rede Estadual, pois depois que saem da escolinha Municipal de Surf acabam ficando sem atendimento e o projeto ajuda demais. É uma terapia e não somente um esporte”, acrescentou Jaqueline Souza, do projeto Amigos Mamute.

As instituições que farão parte da iniciativa são: departamento de Formação Continuada Educação Especial da secretaria de Educação; Unidade Integrada de Reabilitação – Unir, da secretaria de Saúde; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ubatuba – Apae; Associação de Pais Espectro Autista de Ubatuba – Apeau; Associação Mamute – Amigos do Mamute; Associação Ubatuba Eficiente- Aubae e Associação das Pessoas com deficiência do Litoral Norte- Apedel.

O prefeito parabenizou a iniciativa e demonstrou sua satisfação em ter se esforçado para recuperar a verba de construção da Escolinha de Surfe, pois com a unidade no Pereque Açu, além dos projetos que já funcionam, poderão surgir outras atividades como esta. Além disso, ele valorizou a união das associações em busca do objetivo em comum. “Se a gente somar a gente só avança”, frisou Sato.

“A iniciativa é maravilhosa. Tiro como base o dia do evento Surf Azul, realizado pela Apeau, minha filha amou e acredito que isso contribui para a autonomia da criança. No dia, eles usaram uma camiseta azul e ela associou o ‘uniforme’ à experiência. Não pode ver a camiseta que já fica empolgada”, compartilhou Renata Barros, membro da Apeau.

Alexandre Oliveira, da Aubae, aproveitou a ocasião para compartilhar uma solicitação da entidade ao Governo Federal que agrega ao objetivo do projeto. “Já estamos, inclusive, buscando recursos federais que contribuem para que as praias sejam acessíveis para as pessoas com deficiência desfrutarem desse ambiente, natural e gratuito”, finalizou.