10 de outubro: Dia da saúde mental

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Nesta quinta-feira (10) comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Conhecidas como as 'doenças do século', a ansiedade e a depressão, são os principais transtornos de saúde mental enfrentados na atualidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 18 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade e 1,7 milhões de pessoas de depressão. Em resposta a esse aumento, a busca por antidepressivos e estabilizadores de humor cresceu 36%, entre 2019 e 2022. Mas, em contramão as consequências do uso contínuo de medicamentos, tratamentos naturais e não invasivos, como o neurofeedback, têm ganhado destaque no mercado.  

De acordo com a neurocientista da BrainEstar, Drª Emily Pires, a saúde mental impacta diretamente na qualidade de vida da população, e para manter esse bem-estar e evitar doenças como ansiedade e depressão, é importante cuidar do cérebro. "A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, caracterizada por sentimentos de preocupação, nervosismo ou medo intenso, porém, é preciso estar atento aos seus sinais. Ela é considerada uma emoção normal quando surge em momentos em que enfrentamos situações que podem provocar medo, dúvida ou alguma expectativa diante dos fatos, como quando algo novo está prestes a acontecer, mas apesar de ser importante para sobrevivência e evolução do ser humano, ela precisa ser controlada para evitar que grandes problemas emocionais e até mesmo físicos, possam acontecer", comenta.

Segundo Emily, a ansiedade pode alterar a conectividade entre diferentes regiões do cérebro, como o córtex pré-frontal, que é responsável pelo planejamento e tomada de decisões. "Essa disfunção pode dificultar o controle dos pensamentos ansiosos e das respostas emocionais. Além disso, em pessoas com ansiedade, a amígdala pode estar hiperativa, levando a uma resposta exagerada ao medo e ao estresse, e o hipocampo, que é responsável pela formação de novas memórias e pela regulação das emoções, pode ser afetado, prejudicando a memória e o controle emocional", ressalta.  

Ainda de acordo com a neurocientista, a depressão também afeta diretamente o funcionamento do cérebro e as ondas neurais podem começar a emitir uma frequência diferente do normal. "A depressão significa uma baixa de neurotransmissores em áreas neuronais. Podemos perceber, por exemplo, que o cérebro deprimido tem menos metabolismo cerebral do que o não deprimido. Ela pode afetar a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar e isso pode dificultar a recuperação emocional e a aprendizagem de novos comportamentos. Além de causar disfunções em regiões do cérebro, que assim como no caso da ansiedade, pode levar a alterações no processamento emocional, tomadas de decisão e controle de impulsos, resultando em sintomas como tristeza, apatia e irritabilidade", pontua.

Como explica o diretor técnico da BrainEstar, Professor Faria Pires, apesar de serem diferentes, esses e vários outros transtornos mentais podem ser resolvidos através do Neurofeedback, que modifica o funcionamento da atividade do cérebro para que ele volte ao padrão considerado adequado para as funções.  

"Através dessa técnica, utilizada para treinar o cérebro, nós conseguimos gerar neurotransmissores como serotonina e dopamina que podem ajudar a reestruturar essa condição, usando as próprias capacidades do corpo. Esse processo ajuda a reduzir tanto a depressão quanto a ansiedade excessiva e outros transtornos mentais, promovendo um equilíbrio emocional mais saudável", relata Faria Pires, acrescentando que o uso de medicamentos é importante, mas que o Neurofeedback é um aliado no tratamento e pode ser feito sem contraindicações. 

"O remédio é importante em alguns casos, mas ele precisa ser usado de uma forma objetiva e por um curto período e o Neurofeedback entra como um tratamento que não vai envolver bioquímico e que serve como uma assistência geral. Através de sessões de treinamento, os pacientes aprendem a autorregular essas atividades cerebrais, promovendo um estado de calma e foco", conclui.

O Neurofeedback tem comprovação científica e eficiência comprovada por pesquisadores de diversos países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. As associações de pediatria americana e britânica recomendam esta técnica como opção não medicamentosa. A BrainEstar é uma das poucas instituições no Brasil a realizar o neurofeedback e a possuir o selo de reconhecimento internacional emitido pelo ISNR - International Society for Neuroregulation & Research.