No Brasil a doença celíaca atinge mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil e para esta porcentagem da população a restrição à proteína é inevitável, é uma questão de saúde.
Além das pessoas que possuem Doença Celíaca, a retirada do glúten também é indicada para quem possui Sensibilidade ao Glúten não Celíaca e para quem faz tratamento para Síndrome do Intestino Irritável. Nestes casos, a retirada da proteína é necessária e deve ser realizada sob orientação de um nutricionista. Mas e quem apenas opta por retirar o glúten sem possuir sensibilidade à substância?
A nutricionista Luiza Carvalho, da Schär, explica que não existem efeitos colaterais ou malefícios em adotar uma dieta sem glúten. "O glúten é uma proteína de baixo valor nutricional, portanto ao excluí-la, a pessoa não apresentará déficit na alimentação, mas é sempre importante que, qualquer mudança ou restrição alimentar seja, acompanhada por um nutricionista, já que cada pessoa tem necessidades específicas".
A especialista ainda reforça que é sempre bom buscar por alimentos sem glúten que possuam ingredientes nutricionalmente interessantes, com adição de fibras, por exemplo, e sem aditivos artificiais, como conservantes, aromatizantes e corantes.
Luiza explica que o glúten é a única proteína que o corpo humano não é capaz de digerir completamente. Por esse mesmo motivo, pessoas que buscam um estilo de vida mais equilibrado ou que tem dificuldade na digestão, optam pela alimentação isenta de glúten, evitando o processo de má digestão e reduzindo o nível de inflamação do organismo. Estudos apontam que atletas de alta performance também se beneficiam da retirada do glúten da alimentação, melhorando seu rendimento.
E para finalizar, a nutricionista lembra que retirar glúten não tem nenhuma relação com perda de peso. "A perda de peso não depende exclusivamente do glúten, mas sim das escolhas alimentares realizadas. Quando uma pessoa opta por uma dieta sem glúten, muitas vezes ela tem uma perda de peso devido à exclusão de alimentos calóricos e ricos em carboidratos, como pães, massas e farinhas refinadas".