A demência já vem sendo considerada um dos grandes males deste século, apresentando números cada vez maiores e desafiando o setor de saúde com um todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas ao redor do mundo convivam com a doença, sendo 8,1% mulheres e 5,4% homens com mais de 65 anos de idade.
O grupo da terceira idade é o mais vulnerável a esse problema por diversas questões. Conforme envelhecemos, o cérebro naturalmente se torna mais limitado, afetando fatores como a capacidade de raciocínio e a memória cognitiva. Contudo, a demência eleva esses sintomas a um nível em que grande parte das funções cognitivas são profundamente afetadas, em muitos casos impedindo que o indivíduo realize tarefas básicas no dia a dia.
A demência não é uma doença específica, mas, sim, um grupo de enfermidades que afetam a parte cognitiva do cérebro. A mais conhecida delas é o Alzheimer, que tem origem genética e, pouco a pouco, destrói a memória e outras funções cerebrais. O acidente vascular cerebral (AVC) também pode criar um quadro de demência, já que corre o risco de comprometer toda uma parte do cérebro.
Quais são os primeiros sinais?
Apesar de ser uma doença silenciosa, a demência senil possui alguns sinais muito claros que podem indicar um quadro em desenvolvimento. A perda de memória é um dos mais evidentes, muitas vezes sendo indicada mediante pequenas confusões como guardar algum item aleatório na geladeira, por exemplo. A pessoa também tende a se esquecer de eventos muito recentes, um grande sinal de alerta.
A comunicação também é afetada gradativamente. De início, o indivíduo se esquece de algumas palavras e sente dificuldade para conseguir formular frases em certos momentos. Com o tempo, isso tende a se agravar, podendo levar a pessoa a se isolar por incapacidade de manter uma conversa. Consequentemente, acaba gerando outros problemas de saúde mental como a depressão.
O terceiro e último sinal é uma confusão geral, que pode ser manifestada com qualquer assunto do dia a dia. A pessoa esquece datas, perde a noção do tempo, não se recorda como utilizar determinados objetos e às vezes perde até o controle de sua vida financeira. Esses são apenas indícios que reforçam a perda de memória, que inevitavelmente afeta grande parte da sua qualidade de vida.
Não existe nenhuma base científica que comprove que a demência pode ser evitada, sendo importante que os familiares se atentem a esses detalhes e proporcionem todo o auxílio necessário para seus parentes idosos. Contar com um profissional de saúde ao seu lado pode fazer bastante diferença, além de criar novas oportunidades para aqueles que estão se especializando em cursos como enfermagem EAD. O importante é que essas pessoas tenham suporte no dia a dia.