Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte entre os homens no Brasil. São 66,12 casos a cada 100 mil homens. Só em 2018, foram 68.220 novos casos. Além de manter uma vida saudável, com o peso corporal adequado, praticando atividade física, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e do cigarro, o diagnóstico precoce é o que possibilita os melhores resultados no tratamento da doença.
Os exames mais conhecidos para diagnóstico são o toque retal (permite ao médico apalpar a próstata e perceber se há nódulos - caroços - ou tecidos endurecidos - possível estágio inicial da doença) e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). "Acontece que feitos de forma isolada, eles não garantem um diagnóstico preciso, por isso podem ser necessários exames complementares", afirma Dr. Pedro Paixão, urologista do laboratório Hermes Pardini.
Hoje já é possível realizar o PHI - Índice de Saúde da Próstata - um método inovador, complementar, que permite obter uma probabilidade de câncer de próstata através de uma amostra de sangue, resultando, assim, na diminuição de biópsias desnecessárias. O urologista explica que quando em um exame de rotina identificava-se o PSA alterado e o exame de toque normal, haviam apenas duas opções para completar o diagnóstico: a ressonância ou a biópsia, sendo que a precisão da biópsia é muito baixa, em torno de 15 a 20%, além de ser um exame muito invasivo. Em cada dez biópsias realizadas, oito tinham o resultado negativo. "Agora, nesses casos, podemos solicitar o PHI e evitar que muitos pacientes sejam submetidos ao procedimento de forma desnecessária. Caso o resultado do exame dê positivo, aumenta a exatidão em torno de 75%", diz Pedro Paixão.
As células da próstata, na maioria dos casos, se multiplicam de forma lenta e não chegam a ameaçar a saúde do homem. Em outros, elas podem crescer rapidamente e criar os tumores malignos. Os principais sintomas são: dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e a necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
O Dr. Pedro ressalta ainda que, para os que possuem histórico de câncer na família, é muito importante que comece a realizar, rotineiramente, os exames preventivos a partir dos 40 anos. Para aqueles que não possuem, o recomendado é a partir dos 50. "Procure seu médico, pelo menos, uma vez por ano. O melhor tratamento é sempre a prevenção", conclui Paixão.