Ômega 3 pode combater os efeitos depressivos

Pesquisas atestam que o ômega 3 pode atuar na neuroproteção e estabilização do humor


Ômega 3 é o nome dado a um grupo de ácidos graxos poli-insaturados – sendo os mais importantes o ácido docosa-hexaenoico (DHA) e o ácido eicosapentaenoico (EPA) – considerados essenciais pelos nutricionistas, pois não podem ser sintetizados pelo corpo. Em vez disso, devem ser consumidos na dieta, por intermédio de gorduras ou suplementos alimentares.

Os ômega 3 são mais comumente encontrados em peixes oleosos, como cavala e salmão. Quando consumidos em forma de suplementos, podem facilitar a obtenção de uma dose desejável.

Sua notoriedade nas últimas décadas se dá pela multiplicidade de benefícios que eles parecem oferecer à nossa saúde – alegações que foram repetidamente demonstradas em estudos clínicos cuidadosamente controlados.

Pesquisas revelaram, por exemplo, que as gorduras ômega 3 podem ser eficazes para reduzir inflamações no corpo. Em consequência disso, acredita-se que elas ajudem a reduzir muitos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, causem impacto positivo nas condições inflamatórias da articulação, como artrite reumatoide e – de maior relevância para este artigo – afetem a função cerebral.

Com efeito, um trabalho desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia em 2013 revisou diversos estudos já publicados sobre a relação entre a ingestão de ômega 3 com o alívio dos sintomas da depressão. Eles atestam que o ômega 3 pode atuar na neuroproteção e estabilização do humor e evidenciaram a eficácia do ácido graxo em pacientes que sofrem de ansiedade e apresentam sintomas depressivos.

Outro estudo ainda maior, que incluiu os resultados de 255.076 indivíduos diferentes, descobriu que a inclusão dos ácidos graxos poli-insaturados na dieta – em forma de alimento ou suplemento – está associada a um menor risco de depressão.

O óleo ômega 3 foi extensivamente testado em laboratório e se mostrou seguro e benéfico para casos de depressão. Os estudos estão revelando ainda mais sobre como o DHA e o EPA afetam positivamente a mente, com evidências sugerindo que, além da depressão, eles também podem ajudar em casos de ansiedade, estresse e talvez até mesmo TDAH.

No entanto, embora seja geralmente verdade que a melhor maneira de obter nutrientes é por meio de alimentos saudáveis, esse é um exemplo em que um suplemento pode ajudar. Alguns estudos mostraram que contaminantes como o mercúrio não parecem se acumular no óleo de peixe, mas permanecem principalmente na carne do peixe. Então, se você está preocupado com o mercúrio, um suplemento de óleo de peixe de alta qualidade pode ajudar na depressão – mas não deixe de informar seu médico.