Pindamonhangaba cobra Estado por atrasos de medicamentos e criação do AME

As instalações do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) atenderão dez municípios da região de Taubaté


A Prefeitura de Pindamonhangaba está cobrando do Governo do Estado providências para sanar os constantes atrasos no fornecimento dos medicamentos de alto custo dos componentes especializados. Segundo a Secretaria de Saúde do município, as reclamações da população chegaram a um ponto insuportável, pois existem medicamentos que estão há três meses sem fornecimento.

"Recebo todos os dias queixa de munícipes sobre atrasos e interrupção no fornecimento desses medicamentos, trazendo prejuízos à saúde e financeiros para a população. São famílias de baixa renda, outros estão desempregados e a constante falha do Governo do Estado vem trazendo diversos transtornos para milhares de pessoas", afirmou o prefeito Dr. Isael Domingues.

A Prefeitura de Pindamonhangaba encaminhou ao Estado uma relação dos 37 medicamentos que estão em falta, bem como os 15 medicamentos que têm faltado sucessivamente há pelo menos três meses. O documento cita medicamentos como: abatacepte, cabergolina, clobazam, imunoglobulina, pramipexol, entre outros.

"O descontentamento nosso e da nossa população é pelo fato de que se trata de medicamentos de uso continuo. O paciente não pode ficar sem utilizá-lo, pois, isso traz um comprometimento da vida humana", afirmou a secretária de Saúde, Valéria Santos.

Inauguração do AME na região

O prefeito de Pindamonhangaba, Dr. Isael Domingues, encaminhou na última semana documento ao Governo do Estado de São Paulo cobrando a inauguração oficial das instalações do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que atenderá dez municípios da região de Taubaté.

Segundo o prefeito, o equipamento de saúde é fundamental para diminuir a fila de consultas, exames e pequenas cirurgias de Pindamonhangaba. "A obra teve início há mais de cinco anos e todo o Vale do Paraíba já conta com o serviço, exceto nossa região. Cobramos em janeiro do ano passado e o Estado marcou várias datas para a entrega, entretanto ainda não é uma realidade", afirmou Dr. Isael.

Segundo o Estado, a unidade terá capacidade de realizar até vinte mil atendimentos mensais, contando com 22 especialidades médicas, atendendo além de Taubaté e Pinda, os pacientes de Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luís do Paraitinga e Tremembé.

Em recente posicionamento na imprensa regional, a Secretaria de Estado da Saúde informou que "a entrega da unidade estava prevista para o primeiro semestre deste 2020", o que mais uma vez não ocorreu, e que estava sendo realizado processo de chamamento público para contratação da OSS (Organização Social de Saúde) que irá gerir o AME de Taubaté.

"Pedimos ao governador Dória que tome medidas drásticas e urgentes para possibilitar o início imediato do atendimento do AME para beneficiar a nossa população, principalmente num momento crítico em que vive a área da saúde com o enfrentamento da pandemia da Covid-19", afirmou o prefeito.