Primeira edição da aTiva 21 discute a autonomia e protagonismo dos brasileiros com síndrome de Down

A conferência busca ampliar o debate e troca de informações acerca da Trissomia do 21, trazendo as mais recentes inovações e descobertas que podem impactar positivamente a inclusão social.


Educar e capacitar para a sociedade inclusiva, essa é uma das missões da aTiva 21, conferência concebida para acessibilizar conhecimentos científicos atualizados e inovadores sobre a Trissomia do 21 no País. Nos dias 21 e 22 de Setembro, na cidade de São Paulo, associações especializadas, agentes públicos, universidades, instituições de pesquisa, escolas, empresas e profissionais da área de saúde e educação vão se reunir para debater e trocar experiências sobre os diversos aspectos que influenciam a vida de quem nasceu com a Trissomia do 21, popularmente conhecida como síndrome de Down.

Segundo a organizadora, Emília Gama, o evento tem como foco trazer protagonismo, qualidade de vida e autonomia para os brasileiros que têm síndrome de Down, além de informações para que a sociedade possa se tornar mais inclusiva. “Queremos mostrar iniciativas que deram certo, nas áreas de Educação, Trabalho e Autonomia/Vida Independente. Além de incentivar o debate, estudos e pesquisas acerca do tema, entre os diversos atores sociais interessados: associações, centros de estudos e pesquisas, profissionais e familiares, entre outros, para que tenham acesso aos conteúdos discutidos e possam ampliar o debate, visando proporcionar mais independência para os jovens com a Trissomia do 21 em seu dia a dia”, explica.

Na ocasião acontecerá o lançamento do Guia de Estimulação “Abordagem Transdisciplinar na síndrome de Down”, que contém informações com bases científicas, de forma precisa e uniforme, levando aos profissionais que atuam na área melhores condições para atenderem com maior segurança e eficácia pacientes e alunos com a Trissomia do 21. Também será apresentado ao público a primeira fase do estudo de pesquisa intitulado “Associação entre qualidade do sono, níveis de atividades físicas, proficiência motora e composição corporal em jovens com síndrome de Down”, que será sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em colaboração com a Mississippi State University, nos Estados Unidos. Espera-se que este estudo forneça evidências para embasar políticas públicas de prevenção e combate às desordens do sono, inatividade física, obesidade e insuficiência motora em jovens com Trissomia do 21 e também será um dos destaques do evento.

A aTiva 21 2018 está alinhada com os valores e princípios expressos na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil com equivalência de Emenda Constitucional e efetivados na Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência- LBI. “O processo de inclusão no Brasil, já tem conquistas e avanços significativos. Por outro lado, ainda temos muito para construir e avançar, no sentido da consolidação de direitos adquiridos”, ressalta Emília. Esta é a intenção da aTiva 21 2018: estabelecer canais de diálogo e de disseminação da informação entre a comunidade científica e a sociedade civil organizada. “Ambos os polos têm muito a aprender um com o outro”, conclui a organizadora.