O levantamento foi obtido por meio de arquivos disponibilizados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo e pelos registros da Vigilância Epidemiológica de Taubaté.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município (CVE), foram confirmados no ano passado 49 casos positivos autóctones da doença e 10 casos importados, totalizando 59 registros.
De acordo com os arquivos do CVE, após registrar 5 casos positivos em 2009, até então, o melhor resultado de Taubaté havia sido em 2012, com 62 casos de dengue confirmados.
Para a Vigilância Epidemiológica, a expressiva redução de casos se deve a um conjunto de fatores. Entre eles estão o trabalho de prevenção e fiscalização realizado pelos agentes do Controle de Animais Sinantrópicos (CAS), a colaboração da população e os próprios ciclos da doença.
Levantamento dos casos de dengue em Taubaté indicam que houve uma sucessão de picos de dois a três anos de duração, com intervalos de menores registros em dois anos. Este cenário serve para reforçar a necessidade de cuidados, em especial nesta temporada de verão marcada por temperaturas elevadas e chuvas. Todo cuidado é pouco para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A Secretaria de Saúde de Taubaté monitora a proliferação destas doenças e iniciou em janeiro a Análise de Densidade Larvária (ADL) de Verão.
Durante a ADL são coletadas amostras em imóveis escolhidos aleatoriamente nas 10 regiões da cidade. Os resultados obtidos geram o IB (Índice Breteau), um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nos locais vistoriados e permite saber em quais regiões da cidade há maior risco de transmissão de doenças. Também são verificados os tipos de recipientes em que as larvas foram encontradas.
A ADL de primavera realizada em outubro do ano passado apresentou 2,6 pontos no IB. De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de tranquilidade é 1,0 ou menos. Acima do nível de 1,5 há risco de epidemia.