Pioneiras, mulheres conquistam seu espaço e abrem caminho para novas gerações na Suzano de Jacareí

Com oportunidades iguais e por mérito próprio, elas estão chegando a cargos que até então eram ocupados só por homens


A luta para a promoção da igualdade de gêneros e maior diversidade dentro do setor industrial, ainda tem um caminho a percorrer, mas já tem apresentado bons resultados. Na unidade da Suzano em Jacareí (SP), a cada dia que passa, mais mulheres estão ocupando e conquistando mais o espaço que até então eram, em sua maioria, tradicionalmente masculinas.

Muitas mulheres têm quebrado barreiras e aberto portas para outras, como é o caso de Priscila Jesus de Oliveira, gerente Funcional de Engenharia, e Even Francini de Oliveira, primeira operadora assistente de Recuperação da fábrica da Suzano em Jacareí. Priscila conhece bem essa trajetória de inclusão das mulheres. Ela entrou na Suzano há 32 anos, como estagiária. Formada em técnica eletrônica, ela foi efetivada como técnica de instrumentação e, após a graduação em Engenharia Elétrica, passou a atuar no time de Engenharia e Projetos de Jacareí e chegou a atuar no processo de implantação da segunda fábrica da Suzano em Mato Grosso do Sul. "Precisamos ser resilientes diante dos desafios e confiantes do que somos capazes. Temos que acreditar que podemos efetivamente fazer a diferença, não só para a nossa geração, mas contribuir para a geração seguinte, preparando um caminho de maior acessibilidade e reconhecimento", completou.

Essa mesma força de vontade é defendida por Even Francini. Com 30 anos, ela é formada em técnico em eletroeletrônica e é a primeira operadora assistente de recuperação na fábrica de Jacareí. "Desde os 18 anos atuei na área comercial, mas nunca me identifiquei de fato com o que fazia. Sempre tive o sonho de trabalhar na indústria. Fiz alguns cursos profissionalizantes, tentei algumas empresas, até que cheguei à Suzano, em 2019. Foi muito desafiador no começo: nenhuma experiência, uma área de recuperação química, atividade que muitas vezes requer esforço físico e um setor totalmente ocupado por homens. Assim que cheguei, meu primeiro desafio foi quebrar o padrão. Sexo frágil fazendo credibilidade!", recordou.

Para Even Francini, o fato de ser pioneira é motivo de orgulho. "Tenho muito orgulho de ter sido piloto para que outras mulheres cheguem aqui, de tudo que já evolui ao longo deste ano e pretendo ir mais longe, conquistar novos desafios e chegar onde qualquer gênero apto possa chegar. Fui contratada como assistente e pretendo subir cada degrau por mérito do meu trabalho", completou.

Tanto para Priscila quanto para Even Francini o ambiente inclusivo é decisivo para esse crescimento pessoal e profissional. Priscila conta que a relação com os colegas é baseada em muito respeito e profissionalismo. Esse ambiente, complementa a operadora, faz com que elas se sintam parte de um time, com igualdade. "Nem mais privilegiada, nem menos", destacou.

"E digo para as mulheres, o preconceito, infelizmente, é enraizado. Mas, basta querer, ter disposição em aprender e podemos ir a lugares inimagináveis, sem limitações por gênero", finalizou Even Francini.