Vendas online: quais produtos valem mais a pena em cada marketplace?

Plataformas adotam estratégias distintas, e escolha correta pode aumentar margem e velocidade de venda.


A expansão das vendas digitais trouxe mais consumidores e também mais dúvidas aos pequenos e médios vendedores. Entre elas, uma se mantém constante: o que vender em cada marketplace? 

Embora as plataformas compartilhem a proposta de conectar vendedores e compradores, o comportamento do público, a estrutura de busca, a concorrência e as categorias mais procuradas variam de uma para outra. Entender essas diferenças se tornou um ponto decisivo para quem busca ampliar receita e presença online.

Portanto, antes de decidir entre Amazon, Casas Bahia, Magalu, Shopee ou Mercado Livre, veja o panorama abaixo:

Mercado Livre é forte em eletrônicos e itens de giro rápido

Entre os marketplaces mais acessados no Brasil, o Mercado Livre segue com destaque nas buscas por produtos de tecnologia. Itens como smartphones, acessórios eletrônicos, peças de informática e pequenos gadgets costumam apresentar alto giro devido ao volume de tráfego e à familiaridade do público com compras desse tipo na plataforma.

Além dos eletrônicos, categorias como suplementos, produtos automotivos e artigos esportivos também mantêm boa saída. Isso ocorre porque o sistema de busca do marketplace favorece itens com ampla concorrência, avaliações constantes e alta procura. 

Produtos com preço competitivo e frete ágil tendem a subir mais rapidamente no ranqueamento interno, favorecendo as vendas.


Shopee atrai consumidores de baixo custo e itens de variedade

A Shopee consolidou um público sensível ao preço, especialmente em categorias de utilidades domésticas, acessórios pessoais, artigos de papelaria, itens de decoração e pequenas ferramentas. Produtos leves, baratos e simples de enviar têm maior aderência, já que a taxa de conversão costuma subir quando o frete é baixo e o preço final cabe em compras por impulso.

Na plataforma, lançamentos ou itens de ticket médio mais elevado têm velocidade menor de saída. Por outro lado, a Shopee se destaca para quem trabalha com grande catálogo, pois a plataforma incentiva compras múltiplas, cupons e promoções acumuladas. 

A variedade, quando organizada de forma estratégica, tende a ampliar o alcance da loja nas recomendações internas.

Amazon se destaca em livros, eletrônicos e itens de consumo contínuo

A Amazon mantém um público fiel em segmentos tradicionais da empresa. Livros, e-books e produtos relacionados ao universo editorial seguem entre os mais procurados. A categoria de eletrônicos também se mantém aquecida, especialmente em produtos com boa reputação, histórico de vendas e fichas técnicas completas.

Além disso, a empresa registra demanda crescente por itens de uso recorrente, como produtos de higiene, limpeza e alimentos não perecíveis, impulsionada principalmente pelo programa Prime. Esse tipo de produto funciona bem porque o consumidor tende a repetir compras, o que gera previsibilidade ao vendedor. No entanto, o marketplace é exigente quanto ao controle de estoque, descrição detalhada e entregas dentro do prazo.

Magalu e Casas Bahia favorecem grandes eletros e móveis

Marketplaces integrados ao varejo físico, como Magalu e Casas Bahia, apresentam melhor performance nas categorias mais tradicionais da rede: eletrodomésticos, móveis, televisores e produtos para casa. A presença de lojas próprias nessas categorias aumenta o tráfego das buscas e cria um fluxo constante de consumidores interessados em itens de maior durabilidade.

Para vendedores terceiros, a oportunidade surge principalmente em nichos complementares, como acessórios para casa, pequenos eletroportáteis, iluminação e itens de organização. Embora a concorrência com vendedores oficiais possa ser intensa em grandes eletros, produtos que ampliam as soluções para o lar encontram boa aceitação e menor disputa por preço.

Estratégia depende do cruzamento entre produto, público e plataforma

Escolher o marketplace adequado não depende apenas da categoria, mas da combinação entre preço, frequência de compra, peso, logística e comportamento do consumidor de cada plataforma. Quando o vendedor seleciona o ambiente mais compatível com o tipo de produto, o fluxo de vendas tende a aumentar e a operação se torna mais previsível. 

Ajustar o catálogo por marketplace tem se mostrado uma forma eficiente de ampliar exposição e reduzir desperdício de esforço em plataformas onde determinado item teria menor tração. Para quem pretende crescer nas vendas online, entender esse encaixe pode ser o primeiro passo para ganhar escala com mais consistência.