42,2% dos consumidores pretendem continuar fazendo compras online no pós-pandemia

Pesquisa também mostra que, em vários setores, clientes esperam comprar tanto online, quanto em lojas físicas


A pandemia causada pelo novo coronavírus resultou em várias mudanças para o setor do comércio, exigindo que empresas e prestadores de serviço reinventassem a maneira com a qual atingiam o público e ofereciam seus produtos. O uso das plataformas online e da modalidade de e-commerce foi um dos artifícios mais usados, mostrando como o comércio por canais a distância pode trazer benefícios tanto para o público, quanto para as empresas.

Com a chegada do segundo semestre do ano e a esperança de que as coisas estejam mais próximas da normalidade daqui para a frente, muito tem se falado sobre o comportamento dos consumidores no cenário pós-pandemia e qual será o impacto dos novos hábitos desenvolvidos durante este período. A pesquisa "O futuro do consumo em um cenário pós-covid-19", realizada pela Social Miner, entrevistou 2.004 brasileiros acima de 16 anos para entender o que mudou entre o público.

Durante a quarentena

De acordo com o estudo, 7,5% dos entrevistados realizaram sua primeira compra online durante a quarentena e 10,9% realizaram suas compras exclusivamente por canais online. Um ponto interessante é que 22,4% dos consumidores optaram por comprar online de marcas das quais já eram clientes no varejo físico, mostrando que empresas que já tinham uma base de consumidores, mas mantinham boas ferramentas de comunicação e venda online, conseguiram atingir mais clientes, reduzindo a chance de quedas de performance.

As redes sociais também tiveram importância em relação à performance de vendas no e-commerce, já que muitos consumidores encontram as lojas online por meio desses canais. Entre as pessoas que declararam ter comprado online durante o isolamento, 31,3% encontraram o portal da loja por meio do Instagram, enquanto 26,9% acharam por meio do Facebook. O WhatsApp da loja foi usado por 40,7% do público como canal usado para fechar uma compra online durante o período. Assim, fica claro o impacto das redes sociais, tanto para atingir o público, quanto para efetuar uma venda. Além disso, investir em um serviço personalizado no tratamento dos clientes nas redes sociais, criando uma lista de transmissão no WhatsApp e sempre checando as mensagens privadas do Instagram e do Facebook, colabora para que o público se sinta mais confiante quanto à venda.

Cenário pós-pandemia

A previsão do comportamento do cliente em um cenário pós-pandemia é de trânsito, já que a maioria dos consumidores afirma que pretende consumir tanto online, quanto em lojas físicas, o que vale para os mais diferentes setores. Em alimentação, por exemplo, 62,7% dos entrevistados planejam fazer suas compras de mercado em lojas online e no ambiente físico. Em farmácia e saúde, espera-se que 73,2% das pessoas comprem de maneira mesclada, e no setor de moda e acessórios esse será o comportamento de 71,8% do público.

Ainda de acordo com a pesquisa, 42,4% dos entrevistados esperam continuar comprando online desde que possam gastar menos com a entrega, 33,8% desejam mais agilidade na entrega dos produtos e 18,1% gostariam de um atendimento personalizado. Os resultados do estudo deixam claro que as empresas precisam investir cada vez mais na qualidade do seu e-commerce, garantindo que os clientes possam escolher entre as diferentes modalidades de serviço e recebam um serviço adequado e com bom custo-benefício. Além disso, garantir a relação com o cliente, por meio de canais virtuais e atendimento diferenciado, é um diferencial que pode refletir diretamente nas vendas. O consumo do brasileiro não será o mesmo após a pandemia, e o comportamento das empresas deve acompanhar essa mudança.