Confiança do empresário do setor industrial cai pelo quarto mês, avalia CNI

Os números ainda são altos, mas demonstram o que o setor mantém-se na defensiva com relação ao mercado


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,9 ponto em maio, pelo quarto mês consecutivo. Apesar de ainda ser um índice elevado, mostra o momento em que o empresário industrial mantém-se na defensiva com relação ao humor no mercado brasileiro.

As informações são da pesquisa divulgada hoje (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão otimistas.

O indicador atingiu 56,5 pontos e acumula recuo de 8,2 pontos desde fevereiro. Segundo a pesquisa, o ICEI ainda é alto e está dois pontos acima da média histórica (54,5 pontos) e permanece distante da linha divisória dos 50 pontos. "Apesar dessa sequência de quedas, a confiança do empresário ainda pode ser considerada elevada", destaca a CNI.

De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, o ICEI costuma aumentar na passagem de dezembro para janeiro e, com mais intensidade, em períodos de mudança de governo. "Agora passamos por um momento de reavaliação, já que os empresários estão percebendo mais dificuldades nesse início de ano em relação à avaliação feita no fim de ano", destaca, em nota.

De acordo com o economista, seria importante o andamento da reforma da Previdência para surjam os primeiros passos na recuperação da confiança e "poderia sinalizar o andamento de outras reformas também importantes, como a tributária, que teria efeitos mais imediatos na economia", afirmou.

Segundo a CNI, a retração no índice foi causada, principalmente, pela piora das condições atuais da economia e das empresas, que recuaram dois pontos e atingiu 47,8 pontos em maio. Conforme o documento, ao se afastar da linha divisória, o índice mostra que o empresário percebe piora das condições de negócio.

Em relação às expectativas, apesar do recuo de 1,8 ponto ante abril, o índice registrou 60,8 pontos e ainda permanece bem acima da linha divisória dos 50 pontos. Isso sinaliza confiança do empresário sobre a melhoria das condições futuras da economia e da empresa, destaca a CNI.

Com informações da Agência Brasil