Exportações de carne bovina brasileira podem fechar 2019 com resultado recorde

Volume deve chegar a 1,83 milhão de toneladas embarcadas e receita de US$ 7,5 bilhões.


A China continua sendo a maior compradora da carne brasileira. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), essa demanda deve gerar ainda mais pressão sobre o preço da proteína para o consumidor brasileiro.

Segundo a associação das indústrias exportadoras, o aumento da exportação da carne bovina disparou em dezembro devido ao maior número de frigoríficos habilitados pela China. Esse cenário deve continuar em 2020, ou seja, com a previsão de que o preço da carne continue aumentando no Brasil, embora exista a expectativa de que possa haver uma acomodação desse preço no mercado interno.

A Abiec informou ontem (10) em São Paulo, que as exportações brasileiras de carnes bovinas devem fechar o ano de 2019 com 1,83 milhão de toneladas embarcadas e receita de US$ 7,5 bilhões. Se esses números se confirmarem, representarão um crescimento de 11,3% e 13,3%,.

Segundo o balanço da entidade, de janeiro a novembro, as vendas registraram 1,673 milhão de toneladas, com avanço de 12,33% em relação ao mesmo período de 2018. O faturamento teve crescimento de 12,6% ao atingir um total de US$ 6,748 bilhões. Em novembro as exportações chegaram a 179.948 toneladas, 13,8% a mais do que o mesmo mês de 2018. O faturamento fechou o mês com US$ 847,544 milhões, o que representa um crescimento de 36,7%.

De acordo com a Abiec, os resultados são reflexo do crescimento da demanda chinesa, que responde por 24,5% do total exportado pelo Brasil. De janeiro a novembro as exportações para esse país totalizaram 410.444 toneladas, 39,5% a mais do que o mesmo período do ano passado. O faturamento cresceu 59,7% ao chegar a US$ 2,171 bilhões.

"A China é uma operação extremamente rentável. Com relação à China nós sempre temos um contrato pronto, um em produção, um contêiner embarcando e um já na água. Então isso se reveste de um ciclo comercial bastante interessante pelo volume e demanda. A China hoje é um grande parceiro brasileiro. Hoje temos 37 plantas habilitadas para exportar para a China", disse o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.

Para o ano de 2020 as estimativas são de que o ritmo de crescimento se mantenha, puxado pela possível habilitação de novas plantas para a China e abertura de novos mercados. A expectativa é a de que haja crescimento de 13%, alcançando 2,067 milhões de toneladas. O faturamento deve ter um crescimento de 15%, com receita de US$ 8,5 bilhões.

Com informações da Abiec e Agência Brasil