Jorge Lima, Secretário de Desenvolvimento Econômico de SP, visita Pindamonhangaba para encontro empresarial

A reunião aconteceu nesta sexta-feira (28), às 10h, no Colonial Plaza Hotel.


O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, se reuniu com líderes empresariais para apresentar seu plano de desenvolvimento regional, nesta sexta-feira (28), no Colonial Plaza Hotel, em Pindamonhangaba.

 

A reunião teve como objetivo, discutir estratégias de incentivo ao empreendedorismo, atração de investimentos e fortalecimento da indústria, alinhados com as características da região.

Sobre a economia de Pindamonhangaba, o prefeito Dr. Isael Domingues, falou sobre o desenvolvimento econômico e exportação na cidade.

"É importante salientar, que somos a 35ª cidade que mais exporta, 10º do estado, 3º do Vale do Paraíba.
Geramos mais de 6 mil empregos, desde o começo de nosso administração. A presença do secretário aqui é muito importante, ela representa que o governador, através do Jorge, está de olho nos números da cidade. Nós temos que apresentar para eles as nossas dificuldades, para discutirmos possiblidades de crescimento.", disse.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, começou a palestra falando sobre as vantagens e desvantagens na economia de nosso estado.

"Se São Paulo fosse um país seria a 21º economia, terceira da América Latina. Nosso grande problema é achar nossa força e ponto fraco. Nossos dois pontos fracos são: Concentramos 81% do PIB na região de São Paulo, especificamente em 4 regiões. Em algum momento, a administração não conseguiu fazer a distribuição do desenvolvimento mais equilibrada. O outro ponto ruim é a característica de nossas cidades, temos 44 milhões de habitantes, sendo que 37 milhões vivem em 142 cidades acima de 50 mil habitantes, isso é ruim porque sobrou 503 cidades abaixo de 50 mil. Porém, dentro dessa desvantagem, tem uma vantagem. São Paulo é muito parecida com a Espanha, as distâncias entre cidades são muito próximas. No olhar mundial, São Paulo tem uma das 20 melhores logísticas do mundo e esse quadrilátero que compõe Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Baixada, tem um privilégio que ninguém tem: Você vai estar perto de dois aeroportos, perto do Porto de Santos e aqui ainda tem estradas que ninguém mais tem. Poucos países possuem um volume de estradas como nós temos. Quem no Brasil tem a opção de ter uma Dutra, uma Castelo Branco, uma Bandeirantes e uma Washington Luís, me diga? Qual outro estado? São Paulo é o único.", explicou o secretário.

Jorge Lima deu como exemplo, o modelo econômico da Holanda, que descentraliza o desenvolvimento e cria empregos em locais estratégicos.

"O modelo de economia que mais me encanta no mundo hoje é o da Holanda. Não tem uma cidade lá acima de 165 mil habitantes, nenhuma. Ela pulverizou para o interior, é esse o modelo que estamos fazendo em São Paulo. A gente quer reter as pessoas onde elas estão, então eu tenho que criar emprego onde elas estão, e não fazer movimentos para grandes cidades.", disse.

O secretário também falou sobre turismo inteligente para alavancar o desenvolvimento dos empreendedores.

"O Brasil recebe 4,9 milhões de visitantes hoje, temos que desenhar o turismo, temos pensar em negócios.
Qual é o nosso ponto forte? São Paulo é o único do Brasil que tem cultura de turismo local, nenhum outro estado tem. Onde estamos errando? O erro hoje, que estamos corrigindo, é que temos que criar uma cadeia de turismo. Temos que colocar turismo, lazer e esporte juntos, eles caminham juntos em qualquer lugar do mundo. Se fizermos o desenho, conseguiremos fazer isso virar dinheiro, porque quando se tem o turismo, alavanca o empreendedor, que são os restaurantes, lanchonetes, lojas, e muitos outros. Aqui em Pinda temos um grande potencial, porque estamos colados com o Santuário Nacional de Aparecida, temos que fazer o cara rezar e parar em algum lugar. Temos que fazer o turismo rodar de segunda a quinta, porque senão, matamos o empreendedor.", explicou.

Durante o evento, Jorge Lima também falou sobre a importância da reinserção dos idosos no mercado de trabalho e sobre as ações que está montando para gerar renda para as mulheres vulneráveis.

"Agora falo diretamente com os empresários, nós temos que reinserir os idosos acima de 60 anos no mercado de trabalho. Não venham me dizer que não tem vaga porque é mentira. Se formos nos EUA, veremos que em grandes lojas, os vendedores são todos mais velhos. O pessoal mais velho pode fazer call center, porque tem mais paciência. Por que garçom tem que ser só jovens? Tem várias atividades que o funcionário não precisa ser novo. Também estamos focados em linha de crédito para as mulheres. Muitas toleram até situação de violência, porque não possuem dinheiro próprio. Queremos mudar isso. Eu quero que a mulher tenha uma chance de fazer empreendimentos e seu próprio negócio."