Em julho, pelo quarto mês consecutivo, o mercado de trabalho do país fechou com saldo positivo, segundo informou nesta quarta-feira (9) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões no mês passado. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas.
O resultado mensal positivo teve como destaque o setor da indústria da transformação, que criou 12.594 vagas. O comércio abriu 10.156 novas vagas, enquanto o setor de serviços teve 7.714. A agropecuária vem logo atrás, com a criação de 7.055 vagas. Por fim, a construção civil teve criação de 724 vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, é a primeira vez em 33 meses que a construção civil teve desempenho positivo na criação de empregos.
Na opinião do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a liberação para saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o resultado positivo. “São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e têm muito a ver com o poder de compra do consumidor”, comentou
"Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia [do Tempo de Serviço]. O trabalhador teve o direito de usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente. Ou pagar contas, ou utilizar desse dinheiro para fazer investimentos. E isso influenciou no crescimento [do emprego] da indústria da transformação", disse o ministro. Ele prevê, ainda, resultados melhores nos próximos meses.
Nogueira aponta investimentos já programados da General Motors [montadora de veículos] no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos.
"O Brasil não vai ter mais números negativos em emprego. No mês que vem teremos números bem melhores", disse o ministro.