Varejo paulista deve fechar 2019 com alta de 6% em relação ao ano anterior

De acordo com o FecomércioSP o varejo deve fechar 2019 com faturamento de R$ 741 bilhões, R$ 40 bilhões a mais que em 2018


O primeiro trimestre do ano de 2019 foi marcado pelo atraso na votação da Reforma da Previdência, o que também postergou o crescimento econômico esperado. Já no segundo trimestre os indicadores apresentaram melhoras graduais, que se estenderam ao longo dos meses. Assim, o varejo paulista engrenou em um ciclo de consolidação de crescimento e deverá registrar elevação em 2019 próximo a 6%.  Isso significa uma expectativa de faturamento real das vendas de R$ 741 bilhões, valor de R$ 40 bilhões maior em relação a 2018. Se esse desempenho se concretizar, será o maior crescimento do comércio varejista nos últimos oito anos, aponta a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Todas as regiões do Estado e todos os segmentos analisados tendem a fechar o ano com dados positivos. Com destaque para os bens duráveis que devem apresentar alta de 8%, enquanto os semiduráveis e não duráveis podem registrar elevação em torno de 5%. Já o grupo de supermercados deve deixar a maior contribuição para o setor em 2019, registrando mais de R$ 244 bilhões de faturamento. A estimativa é de que as nove atividades pesquisadas apresentem elevação no fechamento de 2019.

O fato se deve ao equilíbrio das contas do governo, que levaram as instituições financeiras a investiram menos em títulos públicos e houve aumento nos recursos destinados à concessão de créditos para a compra de itens mais caros como imóveis e carros. Ainda, de acordo com os dados de setembro do Banco Central, os financiamentos aumentaram 12%. Junto a esse cenário, houve queda de juros e elevação na confiança de consumidores (6,1%) e empresários (0,6%) em novembro.

Expectativa 2020

Considerando esse cenário de 2019, a perspectiva para 2020 é positiva. A FecomercioSP avalia que a inflação deve permanecer estável no próximo ano. Além disso, a tendência é que as vendas do varejo aumentem em 6%, com faturamento real de R$ 783 bilhões, R$ 42 bilhões a mais do que neste ano.

De acordo com a instituição, a indústria, que estava atrasada, mostrou força no final do ano, o que influencia para que os demais setores comecem 2020 com bons números e prossigam no processo de consolidação do crescimento ao longo dos meses.

Assim, a tendência, segundo a Federação é que as taxas de emprego avancem, caia o índice de inadimplência e o ritmo de expansão das vendas seja mantido.