Desde sua primeira edição brasileira em 2010, a Black Friday vem a cada ano se consolidando como uma das principais datas do varejo nacional, movimento o mercado tanto quanto datas sazonais importantes como o Natal.
Mesmo que muitas lojas físicas estejam oficialmente participando do evento, o ponto alto da festa das compras fica com o e-commerce: a edição de 2018 da Black Friday teve um crescimento 12% em comparação ao ano anterior e movimentou impressionantes R$2,6 bilhões de acordo com o levantamento realizado pelo Ebit/Nielsen.
Segundo esses dados, as expectativas para a Black Friday 2019 são altas. A ABComm (Associação Brasileira do Comércio Eletrônico) estima que o evento pode movimentar RS3 bilhões, crescendo mais 18% neste ano.
Vale lembrar que mesmo diante da crise que afeta o cenário econômico brasileiro, o e-commerce continua oferecendo comodidades para os consumidores durante todo o ano. Bastam alguns cliques para receber ou enviar no endereço que desejar produtos dos mais variados segmentos e finalidades que vão de eletrodomésticos a coroa de flores, marmitas para pets a eletrônicos, roupas femininas a brinquedos infantis, ferramentas e materiais de construção, em uma lista de possibilidades que parece infinita.
Além disso, a Black Friday também traz para a gama de descontos segmentos de serviços como tratamentos estéticos, passagens áreas, pacotes de viagem, contratação de planos de telefonia e internet e tudo mais o que pode ser oferecido para engajar os consumidores mais experientes e atrair novos compradores.
Mas há um lado negativo dessa verdadeira maratona de compra e venda pela internet: os riscos de fraudes digitais. Devido ao grande interesse do público pela Black Friday, muitos golpistas se aproveitam da ocasião para lesar suas vítimas de várias maneiras que seriam menos prováveis fora da internet. Veja como se precaver e redobrar a segurança e a integridade de suas compras online.
Protegendo dispositivos
Essas são dicas valiosas não apenas durante a Black Friday mas para todos os momentos:
- Instale um bom antivírus nos tablets, celulares, computadores e notebooks.
- Evite se conectar em redes públicas - wi-fi livre ou redes públicas como do trabalho, escola, faculdade, restaurantes e afins. Esse tipo de conexão pode conter arquivos maliciosos que vão se instalar no seu aparelho e facilitar o roubo de informações sigilosas como números de cartões de créditos, de documentos pessoais e de senhas.
- Mantenha os sistemas operacionais e aplicativos sempre atualizados para que possam empregar seus próprios protocolos de segurança em suas versões mais recentes.
Suspeite de descontos atrativos demais
Desconfie de itens oferecidos por valores muito inferiores de seu valor de mercado, principalmente quando receber esses anúncios por meio de anúncios nas redes sociais, através de e-mail ou até via mensagens SMS ou pelo WhatsApp em seu celular.
Alguns desses anúncios podem ser falsos e acarretar em fraudes que vão desde direcionar o usuário para um site suspeito infectado com arquivos capazes de roubar informações, ou até mesmo para lojas que vendem produtos falsificados ou piratas.
Pesquise os preços (mesmo com descontos)
Apesar de a Black Friday ser um evento oficial com regras e lojas parceiras, a data já virou um tipo de data sazonal do comércio. Com isso, não faltam lojas oferecendo promoções e descontos.
No entanto, muitas pessoas já conhecem o termo "Black Fraude", referindo-se às lojas que aproveitam a ocasião para fazer um marketing enganoso e vender "tudo pela metade do dobro".
Para evitar essas armadilhas é importante usar a internet para pesquisar antecipadamente o histórico de preços do produto que pretende adquirir, verificando se o desconto realmente está sendo aplicado. Há uma grande variedade de buscadores de preço e ferramentas de pesquisas gratuitas online.
Atenção à reputação da loja
Não é incomum se deparar com casos de pequenos e-commerces que prestam excelentes serviços e fornecem produtos de qualidade versus ocorrências de grandes redes varejistas que acabam não cumprindo o prometido.
Na dúvida, nunca é demais pesquisar sobre a reputação da loja online onde pretende realizar as compras, independentemente do tamanho, já que informações novas podem vir à tona todos os dias.
Além de fazer uma análise da redes sociais do vendedor online observando sua interação com os clientes, uma recomendação é usar o Reclame Aqui, ferramenta gratuita fundamental para avaliar como as empresas estão prestando seus serviços, como é a integridades dos produtos e como ela costuma atender e resolver possíveis problemas com os pedidos de seus clientes.
Checagens finais
Depois de todas essas etapas ainda vale a pena fazer duas checagens antes e depois do ato da compra.
- O Google disponibiliza uma ferramenta gratuita chamada Transparency Report em que é possível verificar a presença de arquivos suspeitos em um site. Basta inserir a URL no campo de pesquisa e obter um pequeno relatório de segurança sobre o site em questão.
- Após a compra, acompanhe a sua fatura de cartão de crédito e extrato da conta corrente para verificar se os valores foram lançados corretamente e, em caso de transações suspeitas ou equivocadas, entre em contato com seu banco ou operadora do cartão o mais rápido possível.