84% dos brasileiros evitam atender o celular na rua, diz pesquisa

Mulheres são as mais cautelosas e jovens lideram vítimas de furtos


Oitenta e quatro por cento dos brasileiros evitam atender ligações em seus smartphones quando estão na rua. O motivo é o medo de furtos e roubos. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time/Opinion Box em junho deste ano.

O levantamento aponta que um terço das pessoas (33%) tomam esse cuidado em qualquer rua; mais da metade (51%) dizem que "depende da rua"; e somente 16% garantem que sempre atendem o telefone, independentemente de onde estejam. A pesquisa entrevistou 2.532 internautas brasileiros que possuem smartphone. O questionário tem grau de confiança de 95%, margem de erro de 2,1 pontos percentuais.

As mulheres são as que possuem maior preocupação e sensação de insegurança: 88% delas evitam atender chamadas quando estão na rua (42% em qualquer rua e 46%, dependendo da rua). Entre os homens, um pouco menos: 79% deles (23% em todas as ruas e 46%, em algumas delas).

A pesquisa aponta que o medo é maior entre os brasileiros que já tiveram ao menos um aparelho roubado ou furtado. Entre esses, praticamente nove entre dez (87%) evitam atender chamadas na rua; daqueles que nunca foram vítimas, a sensação de insegurança é um pouco menor: 81% evitam atender chamadas na rua.

Os dados mostram que quase a metade (47%) dos entrevistados já teve ao menos um celular roubado ou furtado. O problema é democrático e atinge igualmente a homens e mulheres, independentemente de classe social. No entanto, há diferenças regionais que são relevantes.

Na região Norte, 65% dos entrevistados já tiveram um celular roubado ou furtado, contra 34% na região Sul. Também há diferença por faixa etária: mais da metade das vítimas são jovens (52%), seguidos por pessoas com 50 anos ou mais (34%).

Apesar da preocupação, somente 15% dos entrevistados possuem seguro para celular. Entre os que utilizam o serviço, 19% afirmam que já foram vítimas. O seguro é mais popular entre os jovens de 16 a 29 anos (21%). De acordo com a pesquisa, a explicação para essa diferença está no fato de os jovens valorizarem mais seus aparelhos e de que muitas das ofertas de seguro são feitas em canais digitais com maior foco nesse segmento.

A notícia positiva é que, em relação à edição anterior da pesquisa, publicada em julho de 2018, 23% das vítimas haviam sido roubadas/furtadas há menos de seis meses - a taxa agora caiu para 17%. O percentual que foi vítima entre seis e 12 meses diminuiu de 22% para 19%.