O Dia das Mães é a segunda data mais importante do comércio varejista e só perde para movimento das compras de Natal. Mas em 2019, o brasileiro está cauteloso com as incertezas provocadas pela economia e gasta menos com o presente para a mãe, segundo aponta a pesquisa especial da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
O levantamento foi realizado com 1.737 pessoas entre os dias 2 e 20 de abril e revela que o preço médio apontado para a data caiu 3,1%, passando de R$ 67,1, em 2018, para R$ 65 este ano.O percentual de brasileiros que pretendem gastar menos (35,3%) está maior do que aquele com intenção de gastar mais (6,8%).
Segundo o economista Rodolpho Tobler, coordenador das Sondagens da FGV Ibre, a parcela da população que deseja gastar mais com o presente das mães (6,8%) é positiva, "porque é o maior percentual desde 2014, que é o início da recessão. Mas a gente ainda tem aí um saldo de 71,5 pontos percentuais, que é o nosso indicador de consumidores com intenção de compra para o Dia das Mães. Ou seja, tem mais consumidores dizendo que vão gastar menos do que gastar mais".
O indicador da FGV Ibre resulta do saldo de respostas mais 100, em pontos percentuais. Quando ele está abaixo de 100, significa que tem mais consumidores dizendo que vão gastar menos do que gastar mais. Quando o indicador está acima de 100 pontos, tem mais consumidores dizendo que vão gastar mais, esclareceu o pesquisador. Em 2018, o indicador atingia 69,3 pontos.
Faixas de renda - A intenção de efetuar um gasto menor com os presentes para a data este ano se espalhou para todas as faixas de renda. A maior queda ocorreu entre as famílias que ganham de R$ 4,8 mil a R$ 9,6 mil mensais, em que o gasto caiu de R$ 74,1 para R$ 71,1.
Presentesmais citados - Vestuário foi o presente mais citado pelos consumidores este ano (52,3%), mantendo tendência observada desde 2017 (55%) e 2018 (50,4%). Em segundo lugar em termos de preferência para presentear as mães este ano estão os segmentos de perfumaria (10,5%), calçados (4,6%) e artigos para casa (4,6%). O fato de vestuário oferecer produtos para todos os bolsos facilita ao consumidor encontrar uma opção que mais convém ao seu bolso, disse Tobler.