Cruzeiro recorda 86 anos da Revolução com homenagens aos ex-combatentes

Na divisa dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a cidade de Cruzeiro foi o grande palco da Revolução Constitucionalista de 1932


Como parte das comemorações do dia 9 de julho, a cidade de Cruzeiro oferece atividades e homenagens aos ex-combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932. Na divisa dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Cruzeiro foi o grande palco da batalha que colocou em lados opostos soldados paulistas e da União.

O evento da próxima segunda-feira contará com a presença dos alunos da Rede Municipal de Ensino, de integrantes do Exército, polícias Civil e Militar, Fanfarra Municipal de Taubaté (Famuta) que é campeã mundial na categoria Banda Sinfônica, e de diversas instituições do município. As atividades cívicas na “Capital da Revolução” têm amplo apoio da Prefeitura Municipal de Cruzeiro. Confira a programação no cartaz.


Revolução de 1932

O povo paulista passou a conviver com a insatisfação após o golpe de Estado que levou Getúlio Vargas ao poder, em 1930. Centralizador, Vargas passou a tirar a autonomia política dos estados quando nomeou interventores para as unidades federativas. Desta forma, São Paulo aguardava a convocação de eleições, mas depois de dois anos o governo provisório se mantinha, motivo pelo qual uma forte oposição ao governo Vargas avançou com grande participação de boa parte da sociedade.

Estado mais importante do país, histórica e economicamente,  os paulistas exigiam maior participação na vida política brasileira e a restauração da democracia. São Paulo reivindicava a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de eleições para presidente. Também queria a saída imediata do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor paulista.

Vargas não atendeu aos reclamos paulistas. Em maio de 1932, iniciaram o período de protestos de rua contra o governo provisório. Em um dos protestos forças policiais reagiram tendo como consequência a morte de quatro estudantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais dos nomes, MMDC, acabaram se transformando no símbolo da revolução, encerrada em 2 de outubro de 1932

O dia 9 de julho, que marcou o início do movimento, é a data cívica mais relevante do estado de São Paulo e feriado estadual. Para os paulistas a Revolução de 1932 é o maior movimento cívico de sua história.