Dieta Mind: como a alimentação causa melhoras cognitivas

Uma nova dieta promete trazer benefícios para o cérebro e proteger contra doenças neurodegenerativas


O assunto dieta fica em alta a cada novo verão. Conforme as temperaturas começam a subir, muitas pessoas buscam alternativas para perder peso e se sentir mais confortáveis para frequentar a praia ou a piscina. Porém, as dietas não são apenas uma maneira de perder peso, podendo também provocar mudanças cognitivas importantes na vida das pessoas.

Quando pesquisadores uniram duas das dietas mais populares para proteger o coração, a Dash e a Mediterrânea, eles perceberam que os cardápios propostos, além de proteger contra hipertensão, acidentes vasculares cerebral e ataques cardíacos, poderiam também proteger contra a demência senil e alguns outros quadros neurodegenerativos.

Por isso, foi criada a dieta Mind, que é uma sigla para a união dessas duas dietas: Mediterranean-Dash Intervention for Neurodegenerative Delay, que une os princípios desses dois cardápios para promover o bem-estar neurológico.

O menu proposto pelos especialistas possui alguns ingredientes que melhoram a fluidez da ligação entre os neurônios, além de promover o aumento da plasticidade das células cerebrais e ajuda a diminuir a inflamação e a oxidação. Com isso, o cérebro consegue se manter mais "jovem", com um bom funcionamento cognitivo.

O estudo realizado viu que as pessoas que aderiram a essa dieta tiveram uma queda de até 53% no risco de Alzheimer.

Como é a dieta Mind

A dieta Mind prevê que diariamente deve-se consumir pelo menos três porções de grãos integrais, além de uma salada e outro vegetal. O conselho é que uma das refeições seja com um copo de vinho - que tem propriedades antioxidantes. Os lanches entre as refeições devem conter oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas, enquanto as leguminosas (como ervilha, grão-de-bico e feijão) devem aparecer todos os dias ou a cada dois dias.

Os peixes também são bastante indicados, com uma frequência mínima de uma vez na semana. Já aves e berries devem ser consumidas pelo menos duas vezes por semana. Entre as berries, destacam-se mirtilo e morango, que têm uma importante ação de proteger as funções cerebrais.

No entanto, como acontece com outras dietas, é importante que a mudança nos hábitos alimentares seja acompanhada da supervisão de um especialista. Afinal, é necessário entender qual é a interação desses alimentos com o organismo e quais são as necessidades específicas de cada indivíduo. Assim, fica mais fácil determinar qual é o cardápio adequado para fornecer energia e proteção às funções do cérebro.