Em continuidade a um acordo pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV), a Ford de Taubaté pretende demitir 120 trabalhadores na fábrica, conforme informação divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (SIndmetau). O PDV foi aberto entre 12 de fevereiro e encerrado no dia 30 de abril.
Segundo informação do Sindmetau, a montadora pretende o desligamento de um total de 160 empregados, o que foi acordado com os trabalhadores e o sindicato da classe. A empresa alega vários fatores, como retração no mercado e o encerramento de produção no ABC, além de que precisaria adequar o excedente da unidade no Vale do Paraíba.
Em Taubaté, a Ford mantém a produção do motor 1.5 Dragon de três cilindros para os modelos Ka e EcoSport. Também fabrica as transmissões manuais para esses veículos. Neste mês de maio, de acordo com a empresa, está previsto o encerramento da produção em Taubaté dos motores Sigma 1.5 e 1.6.
Por meio de nota, a Ford informou que ainda há um pequeno excedente a ser ajustado, mas que o PDV correspondeu às expectativas de todos.
Nota do CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Ford
A Ford concluiu o PDV (Plano de Demissão Voluntária) aberto na fábrica de Taubaté. A abertura do PDV foi aprovada em fevereiro pelos trabalhadores em assembleia, e integra um acordo firmado na Justiça entre empresa, CSE (Comitê Sindical de Empresa) e o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região).
O PDV teve adesão satisfatória, chegando muito próximo do número de 160 funcionários colocado como excedente pela empresa. Entre os benefícios do PDV, está o pagamento de um acréscimo de 0,83% do salário por ano trabalhado.
Desde agosto do ano passado, trabalhadores, Comitê Sindical de Empresa e o Sindmetau estão mobilizados para tentar administrar o excedente de funcionários, alegado pela montadora na planta.
Em janeiro deste ano, a fábrica realizou demissões fora do processo de negociação com o Comitê Sindical, o que ocasionou uma greve de três dias na fábrica. Diante do impasse, o caso foi levado para o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em Campinas.
O acordo firmado na Justiça, e aprovado em assembleia pelos trabalhadores, conseguiu reduzir o excedente alegado pela fábrica. Estabeleceu também a abertura do PDV, processo que foi agora concluído.