Funcionários da Gerdau de Pindamonhangaba promovem paralisação nesta segunda-feira

Sindicato diz que a adesão até o momento tem sido total, inclusive de funcionários terceirizados



Após cinco anos, trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba paralisaram nesta segunda-feira (18) as atividades na empresa. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Moreira César e Região - Sindmetp, a adesão até o momento tem sido total, inclusive de funcionários terceirizados.

De acordo com a entidade, a última greve foi promovida em 2014. Os trabalhadores da Gerdau lutam pelo abono salarial. A categoria reprovou a proposta da empresa em assembleia e assim deflagrou a greve, que segue por tempo indeterminado. A produção está paralisada.

De acordo com o vice-presidente da entidade, André Oliveira, após a entrega do comunicado de greve a empresa apresentou uma nova proposta, com um valor de abono para janeiro, mas que também foi reprovada.

"Isso mostra a mobilização dos trabalhadores. A gente percebe também um pouco de revolta com excesso de pressão e questões de segurança. A produtividade da empresa está aquecida e os trabalhadores resolveram mostrar pra empresa quem realmente é importante para que essa produção aconteça", disse André.

A Gerdau, empresa do ramo do aço, emprega atualmente cerca de 2.000 funcionários em Pindamonhangaba.

O lado da Gerdau - Por meio de nota, a Gerdau informou que o processo de negociação coletiva dos colaboradores da usina de Pindamonhangaba (SP) é realizado por meio de Convenção Coletiva com o sindicato patronal da categoria e já foi concluído, com ganhos acima da inflação.

A nota ainda diz que, dentro da premissa de buscar uma condição diferenciada para seus profissionais, a Gerdau ainda ofereceu, de forma paralela à convenção acordada, um abono, que foi recusado pelo Sindicato dos Metalúrgicos. A Empresa espera chegar a um acordo e mantém-se aberta ao diálogo.