Greve na TI Brasil, de São José dos Campos

Empresa de químicos está com a PLR de 2019 atrasada e anunciou encerrar atividades


Trabalhadores da empresa química TI Brasil rejeitaram, na manhã desta quarta-feira (19) a proposta de PLR da TI Brasil, empresa do grupo TI Automotive e votaram greve por tempo indeterminado, em São José dos Campos.

A greve teria sido motivada por débitos atrasados da empresa, como a PLR referente a 2019 que ainda não foi paga. A fábrica continua produzindo normalmente, por isso os trabalhadores reivindicam uma negociação a partir da PLR do ano passado, que foi de cerca de R$ 11 mil.

Entretanto, em julho, a empresa anunciou o fechamento da fábrica em São José dos Campos. Nesse sentido, as lideranças grevistas alegam que a greve também é para exigir maiores informações sobre como ocorrerão as demissões e se há possibilidade de transferência de quadros para outras unidades, a estabilidade dos lesionados, discussão de pacote e quitação das pendências.

"É importante que a empresa abra negociação sobre este direito dos trabalhadores a uma PLR justa e condizente com a produção dos companheiros. Também é direito dos companheiros uma discussão clara sobre como ficarão as operações nos próximos meses e início de 2021. Ninguém pode ficar na incerteza. Os trabalhadores também têm o direito de se programarem", defende o dirigente do Sindicato dos Químicos, Wellington Luiz Cabral.

O AgoraVale entrou em contato com a empresa e uma fonte do setor de produção informou que um acordo de PLR já foi fechado e os trabalhadores voltaram ao trabalho.

ATUALIZAÇÃO - às 13h:

Após declararem que fariam greve, a empresa entrou em acordo com os trabalhadores. A negociação garantiu R$ 12 mil de PLR divididos em quatro parcelas (uma em setembro, uma em outubro e duas em dezembro).

A greve também garantiu a antecipação da negociação de Campanha salarial da categoria, cuja data-base é 1º de novembro. Eles feharam a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho, a reposição da inflação pelo INPC e 1,5% de aumento real.

Os trabalhadores votaram a proposta de negociação, aprovaram e entraram para trabalhar na mesma manhã em que declararam a greve.

Para o dirigente do Sindicato dos Químicos Wellington Luiz Cabral, "a greve foi importante para mostrar a união e disposição de luta dos trabalhadores por seus direitos. Só a luta garante conquistas. Os companheiros estão de parabéns", concluiu.