Em Pindamonhangaba, trabalhadores da GV do Brasil promoveram uma paralisação na manhã dessa quarta-feira (15) como forma de protesto ao excesso de acidentes que estaria ocorrendo dentro das instalações da empresa. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e Região - Sindmetp, em menos de 10 dias, três ocorrências graves foram registradas e, segundo o sindicato , todas poderiam ter sido evitadas se os procedimentos de segurança fossem respeitados.
Os diretores sindicais informaram que no dia 6 no setor de aciaria, uma tampa de ferro, com mais de 300 kg, caiu no pé de um trabalhador. Houve o esmagamento do pé e ele teve que fazer cirurgia. Segundo o sindicato, a tampa caiu porque a corrente, já danificada, arrebentou. O mecânico havia solicitado a troca, mas a compra da corrente nova não foi realizada.
No domingo (12), outro acidente: um trabalhador da laminação teve a mão prensada em um cilindro. A proteção foi retirada para reparo e a chefia ordenou que a produção continuasse.
Na terça-feira (14), houve um incidente de alto potencial de risco na aciaria. A ponte rolante pegou fogo. Pela falta de uma proteção, as chamas do forno se espalharam por todo o sistema hidráulico. Não havia operador na cabine no momento.
Segundo o presidente do sindicato, Herivelto Vela, a falta de segurança é um problema recorrente na GV e todos os acidentes que vêm ocorrendo poderiam ser evitados .
"O sindicato está muito preocupado com a saúde, com a vida do trabalhador. São várias situações de risco que fazemos intervenções. Outras paralisações por segurança já ocorreram na GV, mas a visão da empresa tem que mudar", disse.
A GV do Brasil, do Grupo Simec, emprega 440 trabalhadores em Pinda. Ela atua no ramo do aço e fica localizada na Rodovia Ver. Abel Fabrício Dias, no bairro Água Preta.
O lado da empresa - O Jornalismo Agoravale não conseguiu contato com a assessoria da GV do Brasil, mas aguarda a manifestação da empresa sobre essa informação do sindicato.