Minimalismo: muito além de um estilo de decoração

O estilo avalia a necessidade dos itens e preza pelo que é essencial


O minimalismo surgiu como forma de movimento em meados dos anos 60, com artes que iam além de quadros e pinturas. Sua relação com o design começou na década de 80, como uma reação a movimentos pós-modernos no design, promovendo uma redução em todos os aspectos. Hoje, o minimalismo está muito inserido nas discussões relacionadas ao consumo, por impulsionar ideais como "menos é mais".

Como estilo de vila, o minimalismo tem ganhado cada vez mais popularidade. Marie Kondo, especialista em organização pessoal, foi a porta de entrada para que muitas pessoas conhecessem um estilo mais minimalista de viver. De acordo com a guru, itens pessoais e afetivos, como roupas ou objetos de decoração, só devem ser guardados e continuar em casa se despertarem um sentimento de alegria, ou devem ir embora.

Apesar de gerar polêmica -- muitas pessoas não concordam como o método de escolha de itens que ficam ou são descartados --, a organização pesada de Kondo é efetiva. A série da Netflix "Ordem na Casa com Marie Kondo" mostra a diferença causada na vida das pessoas após o modelo de organização criado por ela.

O minimalismo pode ser usado somente como um estilo de design ou decoração, mas também como um estilo de vida e modo de consumo. Manter o básico e utilizar o mínimo de forma criativa pode ser uma forma de diminuir os gastos e repensar a produção de lixo, principalmente no contexto de alto consumo no qual estamos inseridos.

Seguir o passos criados pela especialista é uma boa maneira de se habituar ao estilo minimalista. Seja para mudar seu estilo de vida ou para inovar na decoração, uma organização pesada é sempre útil.

Deixe só o essencial

O primeiro passo para criar um ambiente minimalista é se livrar de todos os excessos. Divida a organização por cômodos, após avaliar se a mudança será feita em um espaço específico ou em toda a casa, para tornar a limpeza mais eficiente.

Comece retirando todas as coisas de dentro dos armários e gavetas do cômodo, e divida o que ficará em casa e o que será doado, vendido e jogado fora. Mantenha o mínimo, o que tem real utilidade e o que está associado a boas memórias.

Jogue papéis antigos fora, organize documentos e respeite o espaço disponível. Não mantenha roupas que não servem ou que não são utilizadas. Jogue fora itens que estejam quebrados e que não podem ser reparados.

Menos é mais

Após a limpeza de itens mais básicos, veja o que decora o ambiente. No minimalismo, não há espaço para aquilo que não tem utilidade, por isso, avalie aquilo que está à vista decorando estantes, acumulado em prateleiras ou sobre as mesas. Todos esses itens são realmente necessários? Pense sobre o estilo de decoração que você pretende adotar e mantenha o que faz sentido.

Móveis também entram na conta, por isso, repense a necessidade de poltronas extras na sala ou da cristaleira espremida em alguma cadeira.

Depois de avaliar a necessidade ou não dos itens, encontre um destino para eles. Procure casas de doação para se desfazer de alguns itens, e vender também é uma ideia interessante, para dar um novo lar àquilo que não tem mais espaço em casa.

Pense na decoração

A decoração do espaço para quem quer apostar no design minimalista deve ser a última tarefa da lista. Com o ambiente limpo e preenchido somente com os itens mais essenciais, a decoração pode começar.

Um espaço minimalista está longe de ser simples ou sem graça. Apesar das cores claras e menos móveis, o espaço pode ser usado como uma folha em branco para a criatividade. Espelhos e spots de luz deixam o ambiente moderno e são úteis em vários espaços.

Cada item no espaço deve ser valorizado, por isso, inclua itens de decoração que façam sentido e tenham real utilidade. Caso você queira fazer as instalações por conta própria, não se esqueça de usar as ferramentas corretas e os equipamentos de proteção adequados.

Criar um espaço minimalista pode ir além da decoração. A organização exigida por este estilo torna a vida mais leve e deixa o ambiente menos carregado, criando um espaço tranquilo e oposto à correria, exigência por alta produtividade e níveis excessivos de consumo.