Muito utilizado no mundo corporativo nos últimos tempos, o termo "job hopping" está ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho, sobretudo em segmentos mais aquecidos como o setor da tecnologia, por exemplo.
De modo geral, "job hopping" é aquela prática que alguns funcionários aderem de mudar de emprego frequentemente, e, na maioria das vezes, em um curto período de tempo - o que era enxergado de maneira negativa em tempos mais longínquos. Hoje, porém, a prática está sendo vista de uma maneira positiva por parte dos profissionais.
Isso porque o próprio mercado de trabalho está diferente. Com os avanços tecnológicos, hoje o mundo encara uma outra maneira de se trabalhar. O comportamento hoje é visto como uma maneira de impulsionar a carreira dos funcionários.
Por que job hopping?
Mas por que trocar de emprego nessa frequência? Uma vez que trocar tanto de emprego era visto como algo negativo pelas empresas e até pelos próprios funcionários, demonstrando que aquele trabalhador na teoria não teria tanto compromisso com a empresa, é um tanto estranho acreditar nessa mudança de chave de maneira quase repentina.
No entanto, isso se tornou uma prática comum, pois os profissionais estão cada vez mais buscando novos desafios e oportunidades de crescimento profissional. Hoje é muito corriqueiro, sobretudo no setor de tecnologia, ver os colaboradores que passaram por diversas empresas do segmento, e que conseguem absorver os ensinamentos para encarar desafios maiores em um curto período de tempo.
A troca frequente de empresa também oferece ao profissional mais experiência, expandindo suas habilidades técnicas e também comportamentais. O fit com a cultura da empresa também pode ser um ponto: afinal, de nada adianta continuar na mesma empresa em que não se identifica ou não se sente confortável se em 3 meses essa sensação não passou ou mudou, mesmo com o diálogo.
No entanto, a troca frequente de emprego ainda é um tópico polêmico, pois a mudança de perspectiva sobre a prática é recente. Para algumas empresas, isso ainda demonstra falta de comprometimento por parte do profissional; mas, para as que estão compreendendo esse movimento de outra maneira, isso mostra que o trabalhador deseja se desenvolver, trazer suas experiências para dentro da empresa e encarar novos desafios.
Papel das empresas
No geral, os profissionais que aderem ao job hopping são capacitados e experientes, uma vez que passaram por várias empresas - normalmente, empresas de grande porte.
Por isso, é muito importante que as instituições saibam como lidar com essa nova realidade para tentar reter talentos e oferecer condições de trabalho atrativas para seus funcionários. Nisso, entra o papel da gestão de RH, que é pensar em estratégias capazes de reter talentos nas empresas, para que os profissionais se sintam confortáveis e satisfeitos com o trabalho.
A gestão de pessoas é fundamental nesse papel, pois é ela que vai pensar em estratégias, junto à chefia e cultura da empresa, para reter talentos, criar um ambiente de trabalho saudável e mais atrativo, além de implementar programas de desenvolvimento profissional.
Para isso, é importante saber quais são os perfis dos profissionais que fazem parte da empresa e o que eles almejam. Quais benefícios seriam interessantes oferecer? Quais são as condições de trabalho ideal para que os colaboradores entreguem suas demandas sem impactar na qualidade de vida e de trabalho? São pontos a serem pensados pela gestão de pessoas para encarar o "job hopping".