O Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região anunciou nesta quinta-feira (24) que os petroleiros da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, e da Transpetro, de Taubaté, iniciarão uma greve por tempo indeterminado a partir deste sábado (26).
De acordo com o sindicato, a mobilização é parte de um movimento nacional dos trabalhadores da Petrobrás, que devem cruzar os braços em várias unidades do país contra a retirada de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Em campanha salarial, os trabalhadores da Petrobrás rejeitaram a proposta de ACT apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e decidiram pela deflagração da greve.
A entidade sindical destaca que uma série de assembleias ocorreu em todo país e se encerrou na última sexta-feira (18). Em São José dos Campos, a consulta ocorreu entre os dias 9 e 15 de outubro, com participação de 753 petroleiros, que também definiram pela rejeição da proposta e adesão à greve.
Os petroleiros pedem a manutenção integral do atual ACT. Entre os principais pontos da proposta rejeitada estão reajuste salarial de 70% da inflação, criação de banco de horas e possibilidade de aumento da jornada para 12h sem o aval dos trabalhadores. A data base da categoria é 1º de setembro e chegou a um impasse após a rejeição da proposta de mediação apresentada pelo TST, uma vez que a Petrobrás se recusa a seguir com as negociações.
Informou ainda o Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região que enviou um pedido de negociação à Revap para discutir o efetivo mínimo de contingente durante a greve, uma vez que a atividade de refino de petróleo é considerada essencial.
"A intransigência da Petrobrás não deu outra alternativa aos trabalhadores, senão a greve. Os petroleiros sempre defenderam esta empresa e não vão aceitar a retirada de direitos e a precarização do trabalho", afirma o presidente do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos, Rafael Prado.
Consulta nacional - Das 18 bases sindicais que representam os trabalhadores da Petrobrás em todo país, 17 rejeitaram a proposta de ACT e 16 aprovaram participação na greve nacional petroleira.
O outro lado - Até o momento, o Jornalismo Agoravale não recebeu posicionamento das Petrobras sobre a questão.