Presos do CPP de Tremembé iniciam pintura de escola de Taubaté

Uma turma de 25 presos inicia a pintura de escola durante os finais de semana


Reeducandos em regime semiaberto do Centro de Progressão Penitenciária "Dr. Edgard Magalhães Noronha", o CPP de Tremembé, iniciam a revitalização da escola municipal "Professora Judith Campista Cesar" em Taubaté a partir de sábado, dia 27 de abril. A ação faz parte do projeto Escola Bonita, que oferece capacitação na área de pintura de prédios públicos aos sentenciados e, ao mesmo tempo, mantém limpas e pintadas as estruturas de ambientes escolares pintadas do Estado.

Na ação com início em abril, os presos participaram de aulas teóricas na unidade prisional e partem para atividade prática na escola durante os próximos 10 finais de semana, para não interferir no calendário da instituição de ensino. Uma turma com 25 detentos irá cumprir a carga horária de 100 horas de curso. Os novos profissionais poderão realizar trabalhos de preparação e acabamento de superfícies imobiliárias, utilizando diferentes equipamentos, utensílios, ferramentas e produtos nesse processo.

Este ano, na região do Vale do Paraíba, 150 homens e mulheres privados de liberdade já atuaram na pintura de seis escolas nas cidades de Pindamonhangaba, Potim, São José dos Campos, Taubaté e Tremembé.

ESCOLA BONITA

O projeto Escola Bonita prevê a revitalização de 2,1 mil escolas estaduais de São Paulo até 2020, por meio do curso Via Rápida Expresso e de contratos firmados por intermédio da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" - Funap. A ação é resultado de uma parceria entre as Secretarias da Administração Penitenciária (SAP), da Educação e de Desenvolvimento Econômico.

"A pintura é feita em horários que não interrompam a utilização da escola e com todos os cuidados devidos, com tintas que não têm cheiro, para permitir que no dia seguinte professores, gestores, funcionários e alunos também possam frequentar o ambiente", afirmou o governador de São Paulo, João Doria.

A aliança entre as três Secretarias, além de dar cara nova a prédios públicos e contribuir na melhoria das condições de ensino, garante que os presos do regime semiaberto recebam o diploma de pintores. "O projeto oferece uma oportunidade para que esses reeducandos, ao término da pena, saiam em liberdade capacitados para exercer uma profissão", completa o secretário da SAP, Coronel Nivaldo Cesar Restivo.