Programa atua para distribuir alimentos e produtos de higiene e limpeza em meio à crise da covid-19

A iniciativa une empresas privadas e instituições sociais para a distribuição de refeições e produtos de higiene e limpeza


Embora suas unidades permaneçam fechadas para evitar a propagação do novo coronavírus, o Sesc São Paulo, após distribuir 26 toneladas de alimentos provenientes dos estoques de suas comedorias, dá continuidade às operações do Mesa Brasil em regime especial. O programa, criado há 25 anos, atua como um banco de alimentos, realizando a coleta entre empresas doadoras e a distribuição a entidades assistenciais, com o objetivo de complementar refeições. A partir de agora, passa a oferecer também produtos de higiene pessoal e limpeza.

Entre as principais alterações está o fato de que as instituições sociais cadastradas, mesmo que estejam atendendo normalmente aos assistidos, poderão optar por estender esse atendimento e realizar a entrega de alimentos, em forma de cestas básicas, diretamente às famílias do entorno que estejam em situação de vulnerabilidade, não sendo mais exigida a exclusividade da distribuição apenas aos indivíduos assistidos pelo projeto. A orientação também inclui celerizar a assistência às instituições que já aguardam em fila de espera. Os caminhões que operam a logística de arrecadação e distribuição seguirão atendendo a todas as demandas de entrega e retirada.

Funcionários do Mesa Brasil que fazem parte do grupo de risco deverão permanecer afastados. Apenas os funcionários saudáveis, e que se sentirem seguros para a tarefa é que devem se apresentar para trabalhar. As unidades do Sesc envolvidas na operação adotarão novos protocolos de boas práticas, em acordo com os cuidados determinados pelas autoridades de saúde e em precaução à disseminação do novo coronavírus.

A medida se dá devido à responsabilidade institucional do Sesc São Paulo frente ao cenário de insegurança alimentar e nutricional observado nas instituições sociais que atendem a populações vulneráveis, como moradores de ruas, famílias de estratos sociais mais baixos entre outras.

Uma campanha para atrair novos doadores também começa a circular por canais impressos e digitais. Centrais de abastecimento, supermercados, atacadistas, padarias, confeitarias, feiras livres, indústrias, cerealistas e outros que queiram realizar doações podem acessar o site para obterem informações sobre como participar.

"Entendemos que a instituição deve, principalmente neste momento, cumprir seu papel de responsabilidade social, mantendo o atendimento às instituições e ofertando alimentos e produtos de higiene que são necessários num momento tão instável e frágil, no que diz respeito a direitos humanos elementares", afirmou o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda.