O tópico de saúde mental tem sido levantado com bastante relevância nos mais diferentes meios, desde círculos de amigos e familiares até nos ambientes acadêmicos e profissionais. Com o aumento das cargas acumuladas de trabalho doméstico e de trabalho, a saúde mental é um tema relevante.
Sobretudo no contexto pós-pandemia de COVID-19, em que o mundo parou para evitar a propagação do vírus, muitas pessoas começaram a sofrer com ansiedade, depressão, crises de pânico e, também, com a síndrome de burnout - que é uma das síndromes mais discutidas e que tem a ver com a carga de trabalho.
O que é a síndrome de burnout?
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de burnout é uma doença mental que se desenvolve após diversas situações de traumas relacionados ao trabalho desgastante, como excesso de tarefas com pressão de superiores ou por demanda maior do que a pessoa é capaz de suprir.
Profissionais como médicos, enfermeiros, policiais, professores ou que atuam com mais de uma jornada de trabalho são mais propensos a desenvolverem a síndrome de burnout.
Normalmente, a pessoa que está passando pela condição sente que está tentando alcançar objetivos difíceis, pressionada por seu chefe ou por outros colaboradores, e tem que fazer essas entregas mediante a outras atividades, o que o impede de cumprir as demandas. Com a sobrecarga, o colaborador começa a se sentir incapaz.
Palavras advindas da língua inglesa, "burn" (queimar) e "out" (exterior) significam uma queima de fora para dentro, isto é, acontecimentos do meio externo que causam pressão no interior.
Sintomas de Burnout
O burnout pode se manifestar de diversas formas, mas alguns sintomas são comuns em diversos pacientes. As alterações são físicas, emocionais e psíquicas, e o paciente pode apresentar sintomas como:
- Cansaço mental;
- Cansaço físico;
- Dores musculares;
- Pensamentos suicidas;
- Transtornos cardiovasculares;
- Perda de apetite;
- Desânimo e apatia;
- Isolamento social;
- Sentimento de derrota, de fracasso ou de insegurança.
Para receber o diagnóstico de burnout, é necessário acompanhamento psicológico e, na maioria das vezes, também acompanhamento psiquiátrico. Os profissionais analisam o histórico do paciente, a relação deste com o trabalho, com o meio social em que se insere e sua realização profissional. Desta maneira, conseguem direcionar o tratamento da melhor forma, podendo envolver ou não medicamentos psiquiátricos.
É muito importante ressaltar, também, que alguns pacientes podem precisar ser afastados do trabalho; e, nesses casos, é possível investigar a possibilidade de associar a Síndrome de Burnout e aposentadoria integral, com base no histórico médico e nas demais regras de contribuição da previdência social.