Trabalhadores da Revap fazem ato contra megaleilão do pré-sal

Segundo o Sindipetro SJC, a negociação representa a entrega do petróleo nacional "a preço de banana" para empresas estrangeiras


Um ato na manhã desta quarta-feira (6) em frente à Revap (Refinaria Henrique Lage) em São Jose dos Campos reuniu funcionários da refinaria contra a venda no megaleilão do pré-sal. Na visão dos dirigentes  do Sindicato dos Petroleiros de São Jose dos Campos -Sindipetro,  a negociação representa a entrega do petróleo nacional "a preço de banana" para empresas estrangeiras.

O protesto foi um posicionamento político da categoria que aconteceu durante a assembleia que votou a proposta de ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). A manifestação também está sendo realizada em outras unidades da Petrobrás e marca a data de um dos maiores crimes contra a soberania e o patrimônio nacional, representado pelo o megaleilão da cessão onerosa do pré-sal.

O Sindipetro lembra que a expectativa do governo Bolsonaro é arrecadar até R$ 106,56 bilhões para partilha e concessão das reservas do pré-sal por 30 anos, valor que a entidade considera muito abaixo do que poderia ser arrecado se o próprio estado explorasse estes recursos.

Os petroleiros não concordam com a venda e denunciam que a desnacionalização das reservas brasileiras de petróleo terá consequências gravíssimas para a soberania, o meio ambiente e o garantia de recursos para as próximas gerações.

 "Esse megaleilão representa um dano irreparável ao país. Uma verdadeira afronta ao interesse público e à soberania nacional. É criminoso!", disse o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.

Outro lado - O jornalismo Agoravale tentou contato com a Revap, mas não obteve sucesso até a postagem dessa matéria.