Conheça os tipos mais comuns de fraudes no comércio online e como se proteger

Aumento no uso das lojas virtuais abre espaço para hackers e fraudadores


O ato de comprar pela internet traz inúmeros benefícios aos consumidores, que podem otimizar o tempo e seguir em casa, como recomendam as organizações de saúde em meio à pandemia. Apesar disso, o ambiente virtual também requer atenção e cuidado, especialmente no momento do compartilhamento de dados, sejam eles CPF ou números de cartões.

Isso porque, com o aumento do acesso no comércio eletrônico - apenas entre abril e junho, o e-commerce ganhou 5,7 milhões de novos consumidores, de acordo com dados da pesquisa realizada pela Neotrust / Compre & Confie -, hackers e fraudadores ganham mais oportunidades para agir.

Ainda que a internet seja um espaço seguro, é importante redobrar a atenção para se proteger de golpes e fraudes. Assim, passos básicos como o uso de senhas fortes e únicas, aliado a uma maior atenção aos sites e ao compartilhamento de informações pessoais, é essencial para experiências tranquilas com e-commerces.

Há, ainda, golpes famosos e muito usados atualmente que entram nesta linha. Veja as três fraudes mais comuns aplicadas no ambiente digital. 

  1. Roubo de dados

Um dos golpes mais comuns no Brasil é o chamado phishing - quando o golpista aproveita dados roubados ou vazados da vítima para realizar compras. Nos últimos dias, houve um megavazamento de informações pessoais e sensíveis, como nome, endereço físico e eletrônico, cartão de crédito, conta bancária e renda. Ao todo, 223 milhões de documentos foram vazados.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) afirmou que abriu um inquérito para investigar o caso. Por ora, além de redobrar atenção aos antecedentes dos sites, os cidadãos também devem ficar de olho em suas contas, faturas e, sempre que possível, usar um rastreio de CPF, para checar se ele está sendo utilizado por terceiros para empréstimos ou outros golpes financeiros.

  1. Sites fraudulentos

Para fazer compras pela internet, é necessário conferir a procedência do site antes de preencher os dados de finalização, já que é simples criar um endereço eletrônico com um design similar ao de uma loja conhecida, mudando apenas algumas letras do domínio. Deste modo, o consumidor é enganado e faz uma compra que nunca chegará - e pior: entrega seus dados aos fraudadores.

Uma forma fácil de proteção é a checagem de dados antes da compra. Pela lei, todas as lojas virtuais devem manter visíveis CNPJ e endereço da sede física. Caso essas informações não estejam no site, a atenção deve ser redobrada. Outro ponto que pode ajudar é jogar o nome da empresa no Google, que mostrará o endereço exato do estabelecimento, especialmente em caso de golpe em nome de uma loja já consolidada.

Quando se trata de um comércio ainda pouco conhecido, é interessante buscar pelo nome na Junta Comercial do estado, já que todas as empresas precisam estar registradas no órgão, e verificar a procedência.

  1. Identidade sintética

Na mesma linha da fraude com os dados vazados, o golpe da identidade sintética acontece quando, por alguma razão, o fraudador mistura as informações pessoais de diversas pessoas com o nome de um, foto de outro e CPF de um terceiro, por exemplo. É comum o uso de documentos pessoais de crianças, idosos e pessoas já falecidas neste tipo de fraude.