Nos últimos dias, as elevadas temperaturas que assolam o estado de São Paulo têm impactado diretamente no crescimento do consumo de energia elétrica. Esse fenômeno é resultado, entre outros motivos, da necessidade intensificada de operação dos dispositivos de refrigeração, tais como geladeiras, freezers e sistemas de ar-condicionado, os quais demandam um aumento considerável no consumo energético para manter seu desempenho usual em comparação com períodos de temperatura mais amena.
Em decorrência desse cenário, mesmo que os hábitos de consumo de uma família se mantenham inalterados, é inevitável que se observe um acréscimo no consumo a ser refletido nas próximas faturas de energia. A EDP, distribuidora de energia elétrica responsável por Guarulhos, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte, ressalta a natureza sazonal desse efeito e oferece orientações para promover a economia de energia, atenuando assim o impacto nos orçamentos familiares.
De acordo com informações da Climatempo, uma recente onda de calor está afetando a região Sudeste, resultando em temperaturas que continuam a superar em 5°C a média usual para este período. Em meio às alterações climáticas e ao aumento das temperaturas, observa-se um acentuado crescimento na demanda por eletricidade destinada à climatização e refrigeração.
"Com o aumento das temperaturas, os aparelhos de refrigeração consomem mais energia para entregar a mesma eficiência, o que, por sua vez, reflete na elevação do valor da conta de energia. No calor, geladeira, freezer e ar-condicionado, por exemplo, são aparelhos que exigem mais para rejeitar o calor do ambiente e atingir a temperatura interna programada", explica o gestor da EDP, Roberto Miranda.
É válido destacar que o consumo de energia de um refrigerador pode registrar um incremento de até 20% a cada variação de 5°C a 10°C acima da temperatura ambiente padrão para a qual o aparelho foi originalmente projetado. Conforme indicam estudos, essa porcentagem de aumento no consumo pode se ampliar ainda mais quando a geladeira é utilizada diariamente, especialmente devido à abertura frequente de suas portas, o que implica em uma maior troca de calor com o ambiente externo. Ademais, é importante ressaltar que o aumento no consumo energético pode variar conforme as condições específicas e características individuais de cada refrigerador.
Confira dicas de economia:
- Os ventiladores de teto são a forma mais em conta para arejar um ambiente. Quando utilizados na velocidade média podem consumir até 11 vezes menos que um ar-condicionado. Mas cuidado, um número excessivo de aparelhos ligados pode elevar consideravelmente sua conta;
- Com o calor, hábitos do inverno devem ser deixados de lado. O chuveiro deve estar na posição "verão" ou, preferencialmente, desligado.
- Desligue da tomada os equipamentos que usa esporadicamente. Sempre que deixar um ambiente, desligue a luz e faça uso da luz natural, abrindo bem janelas e cortinas;
- A geladeira corresponde em média a 30% do consumo total de uma casa. Antes de abrir a geladeira pense no que precisa, ou seja, diminua o tempo em que a porta ficará aberta.
- A geladeira deve ficar longe de locais quentes, como próximo de locais que pegam sol ou do fogão. Não seque roupas atrás da geladeira e não guarde alimentos muito quentes. Faça sempre o degelo;
- Recomenda-se que geladeiras e refrigeradores sejam instalados afastados da parede em pelo menos 10 cm. Além disso, verifique as vedações de borracha da porta, para evitar entrada de calor externo.
- Com relação ao televisor é importante não deixar o aparelho ligado sem ninguém assistindo, assim como outros eletroeletrônicos que devem ser retirados da tomada.