Maio amarelo: fisioterapia é essencial às vítimas de acidentes de trânsito

Jorge Alves Júnior, coordenador na Anhanguera, afirma que sem acompanhamento a recuperação pode ser irreversível


O mês de maio é marcado pelo movimento Maio Amarelo, que nasceu em 2014, fomentando uma ação coordenada entre o poder público, a iniciativa privada e sociedade civil, para discutir o tema segurança viária com o objetivo de reduzir os acidentes e mortes no trânsito.

Neste ano, a campanha traz o tema "Respeito e Responsabilidade: pratique no trânsito". O objetivo é promover empatia e humanização para que os números nas estatísticas de acidentes de trânsito diminuam e para chamar a atenção sobre como a impaciência e a intolerância podem resultar em acidentes.

Para além de vítimas fatais, outras pessoas sofrem traumas e podem ter sequelas. Por isso, a fisioterapia é essencial às vítimas de acidentes de trânsito ou qualquer outro incidente que afete os movimentos do corpo, já que um de seus objetivos é restabelecer o movimento afetado.

Fisioterapeuta e coordenador do curso de Fisioterapia na instituição Anhanguera, Jorge Alves JúniorFisioterapeuta e coordenador do curso de Fisioterapia na instituição Anhanguera, Jorge Alves Júnior (Foto : Divulgação)O fisioterapeuta e coordenador do curso de Fisioterapia na instituição Anhanguera, Jorge Alves Júnior, explica que o tratamento fisioterapêutico é imprescindível para a recuperação da vítima e que sequelas mais graves, como lesão medular, pode levar a vítima a uma paraplegia (não mexer mais as pernas) ou à tetraplegia (não mexer mais pernas e braços).

O especialista afirma que a reabilitação pós-trauma de trânsito ou em um pós-operatório, envolve reaprender ações básicas como as atividades de vida diária para o máximo de independência e qualidade de vida da vítima.

"O profissional pode atuar na eliminação da dor ou com uma abordagem mais global, visando restaurar os movimentos do membro afetado e todo comprometimento que o corpo tenha sofrido", diz.

Jorge ressalta que a fisioterapia é necessária para o tratamento das lesões ósseas e musculotendineas, favorecendo tanto casos mais graves quanto os mais simples. "Para alguns pós-traumas é necessário procedimentos mais específicos, mas, de qualquer forma, a fisioterapia é essencial para a recuperação e transformação da vida da vítima."

O coordenador da Clínica de Fisioterapia da Anhanguera explica que se a pessoa não fizer as sessões no pós-acidente podem ocorrer várias sequelas, como perda de massa muscular, encurtamento de tendão e até dificuldade e/ou mais demora na cicatrização.

"Olhamos o paciente de forma global e não apenas para o membro afetado. Tanto que uma pessoa que fraturou a perna direita, por exemplo, operou e colocou fixação ou até mesmo gesso, consequentemente usará muletas e jogará mais peso e força na perna esquerda (o que chamamos de membro contralateral). O fisioterapeuta faz o alinhamento da descarga de peso e orienta esse paciente. Caso a pessoa não faça a fisio, pode ter inúmeras sequelas, entre elas movimentos limitados, marcha (o andar) irregular e algumas podem ser irreversíveis", afirma.

Vítimas de acidentes de trânsito que precisam de reabilitação ortopédica podem contar com o atendimento gratuito da Clínica-Escola da Faculdade Anhanguera.

A Clínica-Escola de Fisioterapia atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. Para o atendimento é preciso que o paciente ou responsável vá à recepção da clínica com o encaminhamento médico e solicite atendimento, que será agendado para avaliação.

Para mais informações ligue para (12) 3634-4106, ou vá até a unidade no endereço Avenida Charles Schnneider, 585 - Parque Senhor do Bonfim, Taubaté.