Produção de máscaras por presos está perto de 6 milhões

A maior produção são dos presídios do Vale do Paraíba


Pelo menos 288 presos de dez presídios paulistas têm colaborado diariamente no combate ao coronavírus elaborando máscaras de proteção. Em cinco meses, foram confeccionadas 5.879.862 máscaras (descartáveis e reutilizáveis, incluindo face shield). Desse total, 1 milhão foi doado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e Funap à população.

Somente na região do Vale do Paraíba, foram produzidas 2.182.793 máscaras em 5 unidades fabris instaladas em unidades prisionais em Tremembé. Isso representa 37% de toda a produção estadual. Deste total, 115.738 são máscaras infantis. A produção na região ainda inclui outros itens, como aventais e toucas, com a marca de 108.635 peças confeccionadas.

Inicialmente, a linha de produção era focada nos modelos descartáveis. Depois, as oficinas da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap) ampliaram o leque de opões com máscaras reutilizáveis. O portifólio da Funap também inclui toucas, aventais descartáveis e protetores faciais. 

No último dia 31, durante reunião do Comitê Empresarial Solidário contra a Covid-19, o secretário da Administração Penitenciária, Coronel Nivaldo Cesar Restivo, anunciou que irá doar 500 mil máscaras ao Fundo Social Paulista. Esta doação se soma a outras 500 mil máscaras doadas à Secretaria de Desenvolvimento Social. As duas doações equivalem a R$ 605 mil, considerando o custo de produção, insumos e a remuneração dos presos, conforme determina a Lei de Execução Penal, que prevê o pagamento de pelo menos ¾ do salário mínimo. "Essas máscaras serão distribuídas às pessoas mais vulneráveis e mais necessitadas", salienta Restivo. "Os reeducandos seguem um rigoroso padrão de higiene e obedecem a protocolo de proteção sanitária aprovado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas", completa. 

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