A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, recebeu, nos dias 26 e 31 de maio, mais uma etapa do 'projeto Confluir', com atividades realizadas na Biblioteca do Castolira e no Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina. A iniciativa promoveu uma experiência sensível e acessível sobre o corpo e a educação menstrual, integrando arte, educação e inclusão.
Na segunda-feira (26), mais de 100 estudantes dos 4º e 5º anos da Escola Municipal Julieta Reale participaram de uma contação de histórias conduzida pela artista e idealizadora do projeto, Fabiana Fonseca, com tradução poética em Libras feita pela artista Michelle Sabrina, em colaboração com a intérprete Isabel Pinheiro. A performance, marcada por palavras, músicas e gestos, trouxe à tona temas considerados tabus, como menstruação, por meio de uma narrativa bilíngue e sensível.
Ao fim da apresentação, os alunos participaram de uma roda de conversa sobre educação sexual e higiene menstrual, abordando temas como menarca, menopausa, pobreza menstrual e o uso de coletores e calcinhas menstruais. A gestora de bibliotecas, Rosi Cardoso, destacou a potência da atividade: "A biblioteca é um espaço de saber e afeto, e foi emocionante ver os estudantes tão envolvidos. Conhecimento e empatia caminham juntos".
No sábado (31), a programação seguiu no Museu com a intervenção performática "Confluências", apresentada pela Cia O Clã da Dança, com participação da artista surda Rúbia Rebelo, da intérprete Gabi Abreu e produção de Fabiana Abrão, além da participação musical de Josí Neto. A proposta convidou o público a repensar suas relações com o sangue menstrual, promovendo uma vivência artística e educativa.
"O Confluir nasce do desejo de transformar silêncio em escuta, e o tabu em diálogo. A arte tem o poder de tocar onde as palavras não alcançam", afirmou Fabiana Fonseca.