A 9ª Edição do COSUD abordará a discussão sobre o Tratado da Mata Atlântica
Documento em comum visa compartilhamento de estratégias de proteção ambiental e análise de dados; encontro abre caminho para fomento ao mercado regional de carbono
Entre os dias 19 e 21 de outubro, na cidade de São Paulo, os Estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (COSUD) se reunirão para continuar as discussões sobre a proposta do Tratado da Mata Atlântica. Com a participação das secretarias estaduais de Meio Ambiente, a intenção é estabelecer um planejamento integrado abrangendo temas como o desenvolvimento de corredores ecológicos regionais. O foco principal é combater o desmatamento ilegal, implementando estratégias, tecnologias, metodologias, dados e informações geoespaciais para aprimorar a fiscalização ambiental dentro desse bioma.
Os Estados também têm a intenção de discutir o planejamento visando uma potencial regulação climática na região Sul-Sudeste, promovendo um mercado regional de carbono eficaz, abrangente e sustentável. O objetivo principal é incentivar a redução das emissões de gases de efeito estufa, estimulando a transição em direção ao cumprimento das metas de descarbonização definidas nos planos estaduais.
"Neste sentido, vamos dar continuidade à discussão que visa à futura formalização de um plano de trabalho, com a assinatura de um documento comum. Além disso, os governadores pretendem lançar a Carta São Paulo, na qual reafirmarão os compromissos de atuação conjunta e cooperativa no que se refere a temas relacionados ao meio ambiente e segurança pública. Esse último documento tem um olhar especial sobre as pessoas vulnerabilizadas socialmente, considerando os impactos das mudanças climáticas", destaca a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende.
Durante o COSUD, a Semil, por meio do Grupo de Trabalho (GT) de Infraestrutura, Logística e Transporte, liderará uma discussão relevante sobre a transição energética. O enfoque central desse debate será o emprego de fontes de energia com baixas emissões de carbono, com ênfase nas fontes renováveis, incluindo o etanol, o biodiesel (produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais), o diesel verde (derivado de óleo de soja ou de palma), Sustainable Aviation Fuel (SAF, biocombustível para aviação), biometano e o hidrogênio de baixo carbono.
A eletrificação da frota, empregada como estratégia para diminuir as emissões de gases de efeito estufa e a poluição local, inclui a melhoria dos sistemas de energia elétrica com aumento da capacidade de geração e expansão da rede de distribuição. Além disso, serão realizados investimentos na instalação de pontos de carregamento e na adaptação da infraestrutura para acomodar veículos pesados elétricos, todos esses tópicos também estarão em discussão.