Jacareí desenvolve plano ecológico de compensação ambiental
Corredor Ecológico, ONG que elaborou a metodologia de conexão de fragmentos da Mata Atlântica no Vale do Paraíba, vai priorizar necessidades do planejamento urbano da cidade no trabalho de restauração florestal
O Corredor Ecológico do Vale do Paraíba e a Prefeitura de Jacareí vão desenvolver juntos o gerenciamento e execução das ações de compensação ambiental do município pelos próximos quatro anos. A parceria foi firmada ainda na segunda-feira (3), através da secretária de Meio Ambiente, Rossana Vasques, e pela coordenadora da ONG, Tatiana Motta.
Com o Termo de Cooperação, Jacareí passa a ser a única cidade do Vale do Paraíba a alinhar suas ações de plantio a um planejamento estratégico da paisagem do município. O Corredor Ecológico terá a missão de convergir os futuros plantios de compensação ambiental de grandes obras que já foram iniciadas. Entre elas, está a terceira ponte sobre o Rio Paraíba, que começou a ser construída em junho deste ano e conta com um orçamento que supera os R$ 17 milhões.
De acordo com o prefeito, Izaias Santana, o plantio de novas árvores será importante para uma cidade com mais espaços ocupados pela natureza, com bosques e áreas preservadas. "Vamos estudar essa compensação como um ganho para a cidade. Nosso potencial de arborização é imenso. Podemos trabalhar com a criação de novos parques e bosques, começando pelos arredores dos principais córregos que cortam a cidade", afirmou.
Planejamento urbano
Para Tatiana Motta, o termo firmado com a prefeitura deve ser comemorado como um marco histórico para o setor ambiental no Vale do Paraíba. Segundo ela, essa é a primeira vez que compensações ambientais públicas serão executadas seguindo um planejamento da paisagem de um município na região.
"A parceria visa trabalhar de forma coordenada com as necessidades do município e o planejamento urbano e rural da prefeitura. Isso é um grande passo no âmbito da política pública. O plantio deve estar atrelado às estratégias de expansão da cidade. Caso contrário, a compensação ambiental e qualquer outro plantio perdem em eficiência, já que a área destinada às mudas hoje pode ser requisitada pelo poder público ou por uma obra particular depois de anos, acabando com todo o trabalho realizado", concluiu.