O ano de 2018 começou com tudo para o Atitude 67. Com Thiaguinho como empresário e Neymar entre os fãs, a carreira do grupo deslanchou e o single "Cerveja de Garrafa" figura no Top 50 do Spotify, além de marcar presença desde o ano passado no Brasil Hot 100.
O grupo foi formado por amigos de infância do Mato Grosso do Sul há 14 anos, mas foi só no fim de 2016 que os integrantes decidiram deixar para trás empregos formais e a cidade natal para buscar o sonho da música em São Paulo.
Depois do sucesso do lançamento do disco Atitude 67 (Ao Vivo), no ano passado, o grupo decidiu relançar o projeto em versões acústicas. Ao longo do mês de maio, três vídeos das faixas repaginadas estão sendo lançados no canal de YouTube do grupo, além das plataformas de streaming.
A Billboard Brasil conversou com o vocalista, Pedrinho Pimenta, sobre o novo projeto e o momento atual do grupo:
Vocês se mudaram do Mato Grosso do Sul para São Paulo para dar foco na carreira musical. Como isso influenciou vocês musicalmente? As inspirações em São Paulo são diferentes das que tinham no Mato Grosso do Sul?
Na verdade, tudo é influência. Gostamos de escrever sobre as histórias do cotidiano, então é claro que a mudança de cidade trouxe novos temas. "A Cidade Mais Incrível de Morar" e "Desarrumar", por exemplo, só nasceram com essa mudança de ambiente. Mas tem muita coisa que veio do tempo de MS também! A gente vai se adaptando aos cenários [risos].
Foi mais fácil ou mais difícil se destacar com a sonoridade de vocês em um estado que consome e produz mais música sertaneja?
Tudo foi difícil! Campo Grande é uma cidade muito musical e tem gente muito talentosa em todos os gêneros. Sendo assim, foi trabalhoso conseguir um espaço lá! Já São Paulo tem a concorrência dez vezes maior, mas, ao mesmo tempo, tem ouvidos muito mais abertos ao novo. Enfim, tudo aconteceu no seu tempo devido. Música é sempre difícil, mas extremamente prazeroso. Demos sorte!
Vocês moram juntos, né? Quais os prós e os contras? São muitos integrantes!
Sim, os seis moram juntos na mesma casa. Somos amigos de infância, nossos pais já eram amigos, nos conhecemos desde muito cedo. Como fomos criados praticamente juntos, é natural que a gente se dê bem. Sinceramente, os prós são muito maiores do que os contras. Essa proximidade ajuda no processo criativo, na união e na cumplicidade que desenvolvemos. Claro que existem algumas discussões, mas são resolvidas minutos depois e são muito saudáveis. A gente trabalha junto, mora junto, viaja junto e sonha junto.
Os hits "Cerveja de Garrafa" e "Saideira" saíram do disco ao vivo que vocês lançaram este ano. Agora decidiram fazer versões acústicas de todas as faixas. Como pensaram na ideia de regravações em vez de faixas inéditas?
A gente tem centenas de músicas prontas. E quando digo centenas é porque são mais de cem mesmo [risos]. Esse projeto acústico é um complemento do disco Atitude 67 (Ao Vivo). Como se fosse um "mimo" para a galera que curtiu o trabalho. Muito, muito em breve, virá um novo trabalho com as inéditas (que inclusive já foram escolhidas). Tudo com calma e no seu tempo.
2018 começou com o pé direito para a banda. Vocês já têm muitos anos de estrada, mas ficaram conhecidos do grande público agora, estão com bons números nas plataformas de streaming e nas rádios. Como estão lidando com essa popularidade? São muitos frutos para colher ao mesmo tempo?
Continuamos sendo aquele grupo de amigos do Mato Grosso do Sul que sonhava em viver de música. Hoje estamos conseguindo realizar isso. É muito emocionante. Estamos muito felizes com essa resposta positiva do público. Fazemos shows pelo Brasil todo e, a cada nova apresentação, sentimos esse carinho dos fãs.