Mariah Carey está sendo processada pela empresa responsável pelos seus shows na América do Sul, que afirma que a cantora não tinha direito de "cancelar unilateralmente" duas apresentações. O processo foi registrado nesta quarta-feira (17/01) em uma corte federal na Califórnia.
Em janeiro do ano passado, Mariah processou a FEG Entretenimientos por quebra de contrato, afirmando que cancelou shows na Argentina e no Chile em outubro de 2016 porque o promoter não pagou o valor total adiantado, como havia sido combinado.
Além de responder aos questionamentos da equipe de Mariah e fazer sua defesa, a FEG entrou com pedido reconvencional contra a cantora e sua empresa, Mirage Entertainment, por quebra de contato e difamação.
FEG, também conhecida como Fenix, afirma que tem uma longa história trabalhando com artistas e que, apesar de nem sempre aderir à programação dos pagamentos, sempre paga o valor inteiro pelas performances.
De acordo com o processo, o contrato para os dois shows estava datado em 21 de junho de 2016, mas não foram executados e entregues até o fim de setembro. A Fenix também afirma que não havia nada escrito no contrato que indicasse o tempo para cumprimento do combinado e que haveria cancelamento.
Mariah estava programada para se apresentar em 28 de outubro, na Argentina e 30 de outubro, no Chile, mas em 25 de outubro ela ainda não havia recebido boa parte do pagamento por ambos os shows e, por isso, a cantora cancelou as apresentações. A Fenix afirma que havia pagado cerca de 75% do valor até a data em questão e que ficou sabendo sobre os cancelamentos por meio da imprensa. No processo, a empresa diz que pediu a Mariah para dar 48 horas para que qualquer problema com as obrigações do contrato fosse resolvido antes de um cancelamento.
"O cancelamento unilateral das apresentações de Mariah na Argentina e no Chile - três dias antes da apresentação na Argentina e menos de uma semana antes do show no Chile - constitui quebra em suas obrigações no contrato de turnê", escreveu o advogado Robert Allen.
A empresa também reivindica que Mariah fez comentários falsos e difamatórios no Twitter, sugerindo que o cancelamento aconteceu por negligência da produção, fazendo com que os clientes duvidassem de sua capacidade de pagar os artistas.
A Fenix pede US$ 1 milhão em danos pelos shows cancelados e mais US$ 2 milhões por danos por difamação.