Bolsonaro anuncia convocação de 1.047 aprovados no concurso da Polícia Federal

Segundo Jair Bolsonaro, os aprovados no concurso da Polícia Federal serão chamados "o mais rápido possível"


Por autorização do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (23), o Ministério da Justiça a convocar 1.047 aprovados no concurso da Polícia Federal. Trata-se de uma reivindicação da categoria para minimizar um déficit de mais de 4 mil policiais em todo Brasil. 

O Decreto assinado pelo presidente especifica a distribuição de efetivo entre os 547 aprovados que não tiveram vagas previstas no concurso inicial, que previa apenas 500 convocados: 169 delegados de polícia; 229 agentes de Polícia Federal; 68 escrivães; 17 papiloscopistas e 64 peritos criminais federais.

"O ministro (Sergio) Moro trabalhou muito nessa proposta junto ao ministro da Economia Paulo Guedes e, hoje, assinei o decreto. A convocação será feita o mais rápido possível", afirmou o presidente, em transmissão de vídeo pelas redes sociais, na noite desta quinta-feira.

Para a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo (SINDPF SP) e diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Tania Prado, o anúncio é um importante passo para fortalecer a instituição.
A delegada argumenta que, mais que melhorar a segurança, o investimento na instituição traz dividendos para o Brasil. "Cada real investido na PF gera um retorno enorme à sociedade", afirma.

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Felix de Paiva, comemorou a convocação. "Foi uma luta durante o ano todo para que os quadros fossem rapidamente recompostos e a vitória está concretizada nesse decreto", disse. Paiva informou que a primeira turma de aprovados inicia os treinamentos na Academia Nacional de Polícia, no dia 10 de junho. A segunda turma será treinada a partir de 10 de janeiro de 2020.

Déficit - Com 4.310 cargos vagos, a Polícia Federal tem hoje o menor efetivo desde 2008, segundo dados da instituição. Para operar com o quadro completo, a instituição precisa contratar 675 delegados, 127 peritos criminais, 2.414 agentes de polícia, 965 escrivães e 129 papiloscopistas.