A coleta de lixo é um dos serviços essenciais que estão sendo impactados pela falta de combustíveis no país. O setor recorreu a planos de contingência e está adotando alternativas para prolongar ao máximo o que ainda resta de combustível para manter a coleta de resíduos nas cidades brasileiras. Uma dessas medidas é a coleta alternada, realizada de acordo com a demanda de cada região, ao invés da coleta porta a porta, que consome uma enormidade de diesel.
Em São Paulo, por exemplo, onde o recolhimento de lixo é universalizado - ou seja, o caminhão passa em absolutamente todas as ruas da capital - são consumidos cerca de 50 mil litros de combustível por dia, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb). A Prefeitura de São Paulo, inclusive, já comunicou que não terá condições de fazer a coleta de resíduos nesta sexta-feira (25/05) e entrou na Justiça contra os sindicatos dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens e das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e Região.
Segundo o Selurb, algumas empresas das grandes capitais ainda têm conseguido carga extra de diesel para prolongar a capacidade de atendimento à população, mas a situação está crítica. "Em muitas capitais só há estoque suficiente para fazer o trabalho completo até esta sexta-feira. A situação não pode se estender mais ou teremos problemas ambientais e de saúde pública graves", alerta Marcio Matheus, presidente do Selurb.