Com a chegada do frio, a Prefeitura de São José dos Campos, por meio da Secretaria de Apoio ao Cidadão, intensifica a abordagem social nas ruas da cidade colocando à disposição da população, em situação de rua, mais 100 vagas provisórias para aqueles que aceitarem ir para os abrigos.
O trabalho diferenciado é de acolhimento desde o primeiro contato com as pessoas em situação de rua. Com muito cuidado, a equipe da Ronda Social chega perguntando pelo nome, investiga a origem e oferece abrigo, ouvindo de muitos as histórias que os levaram a chegar na situação em que se encontram.
Os relatos, os mais diversos, contados, relembrados com muita propriedade por essas pessoas, marcam suas próprias vidas quando se deparam com a realidade que os levaram a permanecer na rua: o uso de drogas e álcool. Como é o caso do protético José Fernando Pedroso, 57 anos, de Jacareí, que está em situação de rua há cinco anos e veio para São José por falta de emprego. “Eu não consigo mais trabalho e isso é por conta da bebida. Bebo muito e não permaneço no emprego”, desabafou emocionado. Depois de alguns minutos conversando com a equipe de abordagem, José aceitou entrar na perua e seguir para o abrigo.
Preocupada com a situação desses migrantes no município, a Prefeitura de São José dos Campos realiza um trabalho para ajudar esses moradores em situação de rua a restabelecerem seus vínculos familiares, ajudando com o Atendimento ao Migrante, onde é verificada a documentação e a cidade de origem, além do fornecimento do banho e da alimentação. Em seguida, com os documentos em ordem, é comprada a passagem de ônibus para que possam voltar para as suas cidades. Só nesta semana, de segunda (21) até quarta-feira (23), foram 29 passagens fornecidas. Se caso essas pessoas não estiverem com a documentação necessária para que possam embarcar em ordem, elas são encaminhadas para os abrigos e orientadas a darem prosseguimento na retirada dos documentos para que assim possam retornar às suas cidades de origem.
O Atendimento ao Migrante agora também está com educadores sociais dentro da rodoviária acolhendo essas pessoas que chegam à cidade sem destino, tentando com isso, evitar que elas morem nas ruas.
O trabalho da abordagem social, observado pelos munícipes por meio da perua kombi identificada como “Apoio Social”, trabalha no reconhecimento dos espaços públicos com maior concentração de pessoas em situação de rua. As equipes de Apoio Social monitoram praças, parques e ruas para identificar pessoas que utilizam os espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência. Outra parte desse serviço está no COI (Centro de Operações Integradas), onde outra equipe da Secretaria de Apoio Social ao Cidadão ajuda no monitoramento, realizado por meio das câmeras distribuídas por toda cidade, 24 horas, observando e averiguando as queixas recebidas pelo número 153. Assim que tudo é confirmado, a equipe que está na abordagem na rua é acionada e esta vai até o local informado.
Atualmente, a maioria das pessoas em situação de rua apresenta algum tipo de envolvimento com drogas e/ou álcool. Quando aceitam ajuda, são encaminhados para tratamento nas entidades conveniadas à Prefeitura. Grande parte deles está com os vínculos familiares rompidos ou fragilizados.
Além das 100 novas vagas disponibilizadas, a Prefeitura oferece cinco abrigos municipais para pessoas em situação de rua, com 200 vagas de acolhimento institucional temporário.
Nesses locais, são oferecidos acolhimento humanizado pelo Serviço Social, banho, refeições (café da manhã, almoço, café da tarde e jantar), pernoites, atendimento e acompanhamento psicossocial, oficinas e inclusão no Cadastro Único para que tenham acesso a outros programas e projetos Intersetoriais bem como acompanhamento e apoio para acesso aos documentos e garantias de direitos e cidadania.
Todos os munícipes podem ajudar os moradores que se encontram nessa situação informando sobre os locais onde se encontram pelo telefone 153.