Furacão Irma estava na categoria 4 durante sua passagem pela República Dominicana EFE/Roberto Guzmán
Os efeitos do furacão Irma desalojou 24.116 pessoas na República Dominicana, onde o número de províncias em alerta vermelho diminuiu de 19 para cinco, informou hoje (8) o Centro de Operações de Emergências (COE). As informações são da agência de notícias EFE.
Do total de desalojados, 13.415 se encontram em casas de parentes e 10.701 nos albergues oficiais, explicou em coletiva de imprensa o subdiretor do COE, José Luis Germán.
Irma, que segue nesta sexta-feira em direção a Cuba e ao estado norte-americano da Flórida, se tornou um furacão de categoria 4, destruiu 114 moradias e danificou outras 2.683 e uma ponte em território dominicano. Além disso, Germán explicou que 17 comunidades estão isoladas.
Das 32 províncias do país, San Juan de la Maguana (Sudoeste); Samaná e María Trinidad Sánchez, no Nordeste; Montecristi (Noroeste) e Puerto Plata (Norte), permanecem em alerta vermelho (máximo), enquanto que 17, entre elas Santo Domingo, estão em amarelo (intermediário) e seis em verde (mínimo).
As chuvas associadas ao furacão Irma continuam a afetar parte da República Dominicana, motivo pelo qual o COE e o Escritório Nacional de Meteorologia (Onamet) pediram atenção à população para possíveis inundações, inclusive em Santo Domingo.
Os efeitos de Irma no país foram menores que os previstos, mas algumas zonas das províncias de Santiago, a segunda cidade mais importante do país, assim como de Puerto Plata, María Trinidad Sánchez e Samaná sofreram inundações e centenas de moradias, de frágil construção, foram seriamente afetadas.
O fenômeno também afetou o fornecimento de energia elétrica em algumas regiões, especialmente na Norte, onde 471.982 pessoas ficaram sem o serviço, de acordo com a Empresa Distribuidora de Eletricidade do Norte (Edenorte), cuja última informação disponível indicam que o serviço foi restabelecido a 348.372 assinantes.
Diante da passagem do furacão, o governo dominicano ativou um plano para hospedar até 900 mil pessoas e iniciou os protocolos de segurança e prevenção nos hotéis, a maioria situada em Punta Cana, Puerto Plata, Samaná e Santo Domingo.
Cerca de 7.500 turistas foram transferidos de hotéis situados no leste ou nordeste do país, a zona mais afetada pelo furacão, para outros de Santo Domingo e Santiago como medida preventiva.
Haiti
A passagem do furacão Irma pelo Haiti deixou pelo menos dois feridos, bem como inundações em dezenas de localidades e 2.142 pessoas desabrigadas, muitas delas mulheres e crianças.
O Haiti continua em alerta vermelho (máximo), ainda que os efeitos do furacão sejam menores do que os previstos, mas fala-se de alguns danos no setor de pesca e na agricultura, e algumas casas destruídas, mas as autoridades indicam que ainda é prematuro para se fazer um balanço.
O Irma, que continua o seu progressivo enfraquecimento rumo a Cuba e ao estado norte-americano da Flórida, e tornou-se um furacão de categoria 4, também provocou a queda de árvores, as quais bloqueam algumas ruas, enquanto que alguns rios receberam uma considerável quantidade de água, o que fez a Defesa Civil pedir à população para ficar alerta para evitar acidentes.
"A população tem que continuar em alerta, as chuvas e as inundações podem ser perigosas. Também deve-se estar vigilante perante os deslizamentos de terras que possam acontecer", informou a Defesa Civil em comunicado. "O pior já passou, mas não podemos baixar a guarda. Mantemos o alerta vermelho até nova ordem".
A passagem do furacão Irma pelo Haiti aconteceu menos de um ano depois que o Matthew, furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, devastou uma parte do país em outubro de 2016, deixando pelo menos 573 mortos, milhares de afetados e vários danos.